Palavras ao vento

No amor

Não soltes palavras ao vento

São balas perdidas

Num coração enamorado

Palavras ao vento não movem pensamentos

São mentiras, Sorrisos fingidos

Sentimentos vazios, amores traídos

Bombas que caem sem razão

São dores conformadas pela própria dor da ilusão

São pensamentos sem amor

Sorrisos de tristeza que se escondem

São línguas de fogo sem calor

Palavras doces o vento pode pronunciar

No frio cálido de uma voz entontecida

Palavras o vento leva...

O teu perfume

A lua inspira-me

Quando brilha no firmamento

O vento frio traz-me lembranças

Do teu cheiro

A sensação de cada olhar teu

Desperta lembranças vazias

Levando-me àquele lugar especial

De sonhos e ternuras

Onde a noite era tão luminosa

E juntos admirávamos as estrelas

O cheiro do teu perfume

Embriaga-me cada vez que te recordo

E faz-me parar no tempo.

Fecho os olhos e procuro-te

Entre a brisa gelada4

Que o vento espalha pela noite

Enquanto o teu poema perfuma

Minha mãe

Ser sublime criado por Deus

Figura que dá contorno e luz à minha vida

Meu porto seguro

Binómio sagrado, que Deus fez

Para me dar colo

Para me amamentar e me dar carinho

Para me ensinar os primeiros passos…

Minha Mãe

O pilar da minha vida

Que é capaz de me colocar

Um brilho nos olhos e um sorriso

Quando me vê chorar

Minha flor de primavera

Meu céu estrelado

Nas noites frias de inverno

Minha mãe

É nascente de vida, de alma pura

Pessoa maravilhosa

Inspiração

Fico em silêncio e escuto

Meu instrumento é a música

Minha rima és tu

A inspiração aflora

A poesia acontece

A inspiração surge do fundo da alma

E faz renascer meu coração

O que antes era dor

Hoje move a minha emoção

A Inspiração

É o combustível para a alma

Povoa a minha existência e imaginação

A cada por do sol, um novo horizonte

A cada amanhecer, uma nova estação

A cada sorriso uma nova vida

A cada instante, nova emoção

Navego com meus poemas

Inquietude e calma

Hoje levei a alma a ver o mar

Descobri que seus olhos brilhavam

Enquanto contava histórias de encantar

Sentia-se um cheiro a flores secas

E a capim molhado

O vento rodopiava em meus cabelos

Tentando compor um poema

Mas choveu nas palavras

Que o vento não escreveu

A chuva é agora um poema disfarçado,

Assombrosamente delicioso

Um sopro de vida que recebi

Neste mar salgado e delirante

Desta alma que agora me sorri

Gosto quando os meus olhos veem além do meu olhar

Iceberg

Rabisco um poema

E escrevo no próprio coração

Sinto que escrever é como estar despida

Em alto mar ou numa constelação

Procuro a parte submersa

Do meu iceberg interior

Esse pedaço de alma esquecido no mar

Lapida-se na água

Como joia deixada no sepulcro.

As fagulhas das arestas brancas

Competem com as do sol

E com os sonhos de cristais

Da sereia triste

O firmamento perfuma-se de estrelas

E as nuvens correm por um céu mais cálido

O meu iceberg sobe

Mas afunda-se de novo

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