Se me perguntassem agora?

O que queres ser?

O que queres ver?

O que queres sonhar?

Quero ser cavalo voador, caracol de jardim, ribeiro de água quente, mar e vento, ave e gato, cão e leão, chuva e relâmpago, calor e frio, criança e homem, voz e silêncio.

Quero ser tudo e nada, quero ser magia e poema, caminho e galáxia, vinho e água, avô e pai, jogador e espetador, árvore verde e pedra branca.

Quero ver o sol a dançar com a lua, a terra a falar com a chuva, o mar a abraçar a areia, quero ver os meus sonhos de várias cores sem acordar.

Levantei-me cedo

Levantei-me cedo

por não conseguir dormir

o sol ainda não nasceu

mas a temperatura é agradável,

saio para a rua

e parto à descoberta,

embrenho-me na natureza

mas os pensamentos é que me comandam.

Não dormi

e não me sinto cansado

a ansiedade alimenta-me

o corpo e a mente

tenho de esperar

mais algumas horas ainda

para que chegues.

 Com os primeiros laivos de claridade

encontro uma paisagem

que me envolve

sento-me e aprecio a sua transformação

Desilusões

Desilusões

Nas minhas palavras vejo os desenhos do teu rosto, as imagens da minha vontade que não têm fim, a minha fome que não acaba e o meu instinto que não morre.

Agora recordo os poemas do passado, os sons indecifráveis do meu coração e o teu rosto proibido.

Olho as desilusões e o deserto desolado da minha esperança e pergunto ao vento porque não podemos voltar a voar sobre as nossas dunas de areia amarela.

Vagueio sobre a vastidão do nosso mar azul, mas não consigo entrar dentro do nosso mundo.

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