a flor austera
Autor: António Tê Santos on Saturday, 21 April 2018regurgito ideias que transpõem o ciclo do sofrimento para normalizarem no âmago dum desapego que entranha as comunicações da sabedoria reinventando-as com letreiros duradouros.
regurgito ideias que transpõem o ciclo do sofrimento para normalizarem no âmago dum desapego que entranha as comunicações da sabedoria reinventando-as com letreiros duradouros.
Tão simples: quem não mata não
Morre nem (re)nasce, vive eternamente,
Que é viver sem ego o presente,
Respirar profundamente continuadamente.
.
Benditos(as) os libertos(as) de todo o
Egoísmo, de todo o apego, de toda a dualidade,
Sinceros(as), bem intencionados(as), não precipitados(as),
Pacientes, altruístas, integrados(as), realizados(as)
.
Sem veneno, sem presas, sem chifres,
Sem armas, sem inveja, sem cobiça,
Sem mentira, sem assédio, sem
Reprodução, sem preguiça…
.
Mulheres Vestidas de Preto (2)
Os homens da minha aldeia morrem cedo, as suas mulheres vestem-se de preto, é uma fatalidade que aceitam com sofrimento e serenidade, com coragem… Sempre assim foi.
As mulheres vestidas de preto olham o futuro com determinação e transformam o presente. Trabalham descalças no verão, cultivam, regam, lavam, cozinham, abraçam os filhos, choram…
Quando caminham para o campo sorriem. Vivem as emoções certas nos momentos certos, têm as palavras certas para dar às pessoas certas, têm a alma aberta e o coração fechado…
Nem quebrando nem nos apegando
À tradição por mais importante
Que seja. Ou, de tão importante
Que é não pode ser levado(a)
Demasiado a sério.
.
Desenvolvo e não desenvolvo um
Tema, que sou racional e intuitivo,
Dou e não dou título, cultivo
E não cultivo, sou e não sou forma.
.
Não forma que é vazio, cheio,
Meio cheia(o), totalidade, unidade,
Variedade, forma, cerimónia,
À vontade, atenção, felicidade…
.
Novos(as) levam filhas(os), alunos(as)
desisti dos sonhos irresponsáveis quando as convenções avançaram contra tudo o que abrasava o meu inconsciente: será um futuro inóspito que eu jurei transportar até à superfície da minha vida.