De Salpico em Salpico . . .
Autor: Margarida Maria... on Tuesday, 22 October 2013
Salpicam-me memórias,
saudades sem vergonha.
Libertam-me na fresquidão acalorada,
autorizando ousadias escondidas.
Em cada assomo de nós
pingos inundam corpos inflamados.
Tu e eu,
entidade num todo.
Sou chama,
labareda salpicada em forma de centelha.
És lume,
ateado na fusão de orvalho derramado.
Salpicos quentes,
de labaredas suadas pelo amor que se fez.
Em paixão sem noite
salpicas a madeira que sou eu.
Incendeio o carvão,
em que te consumiste.
Água e Fogo,
inflamam-nos em supremas gotículas.
Somos levados pelo vento,
na onda de salpicos sem mar.
Bailado onde tudo se esquece,
somos livres,
salpicados um no outro.
Género:
Comentários
Henricabilio
3ª, 22/10/2013 - 19:52
Permalink
Os salpicos
Os salpicos
da memória
são os capítulos
de cada história.
Saudações!
_Abilio.
Margarida Maria...
3ª, 22/10/2013 - 21:45
Permalink
Que bela forma de definir
Que bela forma de definir 'Salpicos'.
Obrigado pela partilha.
Uma noite poética!