Não te Preocupes

Não te preocupes com meu silêncio.

Por mais profundo e extenso que seja,

Não é nocivo,

Nem é ingênuo,

Nem, ao menos, vago e alheio.

 

Não te preocupes com meus olhos fechados.

Voltarei a abri-los.

Mas, por ora, deixe-me ignorar

Para descobrir

E recobrar o fôlego.

 

Não te preocupes com meus suspiros.

Nem sempre irritados,

Nem sempre sonhadores…

Às vezes, apenas inspirações presas há muito

Libertando-se, em suspense.

 

Deixa-me vagar.

Deixa-me observar e aprender;

Errar e crescer.

Não te preocupes,

Voltarei ao normal.

 

Não serei mais o mesmo.

Mas, não te preocupes,

Ainda serei eu

E ainda serei teu.

 

Rodrigo Dias

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