Respiro-te…

Respiro-te…

Saí para a rua
para respirar a lua
mergulhei na boca da noite
pensando mergulhar na tua...

Corri sem direção
porque o amor não tem morada
vive aqui e além
vive de tudo e de nada...

Cobre-se apenas de sonhos
do frio que a saudade traz
concede ao peito, esperança
porque sabe do que é capaz...

A força que o alimenta
resume-se ao querer
quem quer muito e ama
não consegue nunca esquecer...

Se porventura a memoria trair
encontro no corpo a razão
deste desassossego da alma
deste amor sem conclusão...

Ártemis

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Comentários

Abro um destaque:

"Se porventura a memoria trair
encontro no corpo a razão
deste desassossego da alma
deste amor sem conclusão..."

Foi onde senti a poesia. O amor não conclui, não poderia, mas encanta e possibilita o infinito. A poesia carrega esse fardo, o de projetar o infinito, o ser que dorme em nosso íntimo e que a poesia tenta acordar. Abs. PAZ!

Minha querida, obrigada pela sua sensibilidade ao ler...é sempre honroso receber elogios seus!

 

beijo grande na alma

Ártemis

O amor vive e viverá sempre do infinito assim como a poesia...e ambos sobrevivem um do outro!

e esta dependência sacrifica as palavras à magnitude dos sentimentos!e nós somos escravos de ambos, felizmente!

Obrigado por ler-me!

Ártemis