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Pecados da carne...absolvição da alma...

 

Vinhas com cheiro de terra nas mãos...cheiro de gente...cheiro do mundo, eu trazia comigo a fé e a esperança no olhar, mas no corpo carregava a força da natureza tapada pelas vestes.
Senti a minha vida devassada desde o momento em que te vi, eu que sempre conseguira calar os ímpetos da minha pele, sentia agora os apelos da carne romperem-me a candura.
Desejei ser desejada...quis com todas as minhas forças que pelas tuas mãos eu conhecesse o pecado...e tu foste as labaredas do meu inferno terreno.
Quebramos a coerência da humanidade e por entre saliva e suor, castigamos a carne...mas absolvemos a alma...à medida que as tuas mãos conquistavam a minha ingenuidade tu aproximavas-te do divino e eu pelo deslizar dos teus dedos tornava-me mundana.
Tua boca, soube-me a redenção...a tua língua inquieta a castigo...o céu e o inferno pareceu-me ser um só, assim como nós, quando o teu corpo do meu fez morada.
Ofereceste-me o prazer...e eu dei-te a vontade que adormecia em mim...juntamos muito mais que um momento à vida...vivemos a vida num momento.
Partiste...e eu fiquei, escondida na tua pele...levaste-me contigo sem saberes e deixaste em mim a vontade de te voltar a ter...
 

Ártemis


 
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