Ventre de silêncio

 
Há algo que sobressalta e transforma
o ideal poético que rodeia a ideia do casamento.
Há algo que  altera  em estilhaços o quotidiano;
a distracção que nasce do descuido,
da descontínua vontade de continuar a amar o amor como no início
e que provoca uma fuga de emoções em direcções erradas,
tornando o lar um ventre de silêncio... ou de guerras.
Mesmo quando perdura a guerra
é no silêncio que fica a verdade.
Repetidas vezes
as alíneas  que no inicio parecem ter tudo para a união
tornam-se erros que acendem o rastilho
que arrasa o nó matrimonial, mas ninguém vê.
Montam o cenário
e entregam a vida para serem infelizes...
 
 
Fernanda R. Mesquita
 
 
(Pássaros em viagem)
 
 
 
 

 

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Comentários

Em meu humilde conhecer...

Penso que a poesia pode e deve levar ao ato reflexivo!

A ação da reflexão sobre a existência, a vida em comum, o relacionamento, e mais um conjunto de reticências... Afinal, poesia é Arte! E este texto nos transporta para esta ação de pensar o casamento... Parabéns!

BOA MEDITAÇÃO, BELA REFLEXÃO!

PARABÉNS!

Muito obrigado Oseias Faustino e Madalena! Obrigado por lerem e oferecerem a vossa poesia aos outros. Poesia é isso também; partilha!

Partilha que enriquece a todos!