Amor

Quero-te como se quer.

Tenho-te na memória,
Como um pedaço de cotão
Que se agarra à roupa;
E tenho-te na minha vida
Como uma tatuagem.

Por mim, bebia todos os dias o teu sorriso,
Acompanhado pela tarte do teu beijo
Todas as manhãs, para me preparar para o dia;
Mas existe este intranspunível e transeunte obstáculo,
Que, enquanto dura, me agride sem nunca me tocar:

Cumplicidades

Cumplicidades...
 
Hoje, assim como ontem 
aprendi que quando sorrimos 
para a vida 
pintamos na alma 
mais que suspiros de paz,
tantos festejos emaranhados
no plúmeo festim dos cantos serenos
onde enchemos graciosos todos 
os imensos oceanos 
de pacatas alegrias plenas 
e aí talvez entendamos
para sempre a melodia cúmplice da nossa existência.
FC

Mãe, Pai, Amores e Luz!

Oi, ainda lembram?
Meus olhos avermelhados
Nossos velhos combinados...
 
Não, não é tão triste. 
Quem tem força é que resiste. 
Os tempos são outros...
 
Meus planos são dutos
Por onde percorrem 
As águas da baderna 
De todo o meu carinho.
 
Embora a amizade fraterna
Tenha sido conquistada de mansinho 
Eu me lembro daquelas memórias

O Amor No Período Fértil

O amor no período fértil inolvidável
É como as flores quando incrementadas de poesia
Que não deixam de perder o sentido, a cor e a alegria
Com um cheiro de perfume tão positivo e indestronável!
É só o olhar cruzar e o corpo juntar, o violão tocar
E tudo! Tudo o que é maravilhoso e claro
Passa a contagiar!...
 
22 . 11 . 2014

Onde mora a saudade

Onde mora a saudade
 
Fomos cúmplices
sem mágoas nem tolices
sem alarmismos em pausa no tempo
apenas tentámos
dividir o canto
num conto restrito
de poesias e canções
bravias
algemadas no gracejo
e na chave do tempo
que afrontadamente romântico
se enamorou de desejo
quando me ofertaste 
um relampejo sofrido
emocionado pela voz unânime 
e única 

Timidez

Timidez
 
Dá-me vida...
um pouco mais que esta
alguns dias inconsolável, 
outras tantas vezes incompreendida
para que os desejos e esperanças
recostados nas lágrimas do meu silêncio
se mantenham viçosos 
saciados e sem pressas de chegar 
onde chegámos
deixando só matizes arquitectadas
no tempo vago onde plantámos
e colorimos
todos os sentimentos subjugados

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