Amor

O dom da palavra

Penitência
 
Temos de conversar no silencio
aprimorarmo-nos sem reticências
ouvir suas vozes
e cheios de intento
daremos anuência
às necessidade prementes
de sentirmos todos
a mudança que se deu ao poente
tão indolente
quando calou minha eloquência
e sem proezas
no dom das palavras
porque todas são belas
ímpares, pujantes, latentes
até mesmo quando na despedida

Minha sinfonia

Minha sinfonia
 
E…se algum dia,
por alguém te sentires carente,
mesmo que detida ou irreverente 
com o olhar perdido na imensidão 
de um entardecer deferente
escuta esta bela canção 
tocada na sinfonia d ’um SOL maior, 
então alguém dirá
que és tu LÁ a mais bela estrela poente,
porque meus olhos de SI
ainda se lembram do segredo contigo 
num sustenido beijo sem DÓ 
que tanto de MI se desprende

Poema Amado

Bem estar de alegre conforto cansado…… lembranças ternas …sentires de verdadeiro e musical aconchego protegido…… Silencio de terno ruído sossegado…… Mira vigilante de sonolentas armas bélicas de um perfil apaziguado……vão disparando Calorosas explosões de sorrisos em rosto sem expressão … Perde-se o alvo na rota de colisão em conflito de mil discórdias harmonizado…… Rios de profundas emoções abundantes .....em escassos caudais de delicado poder legitimado e em tronos coroado….. Olhares brilhantes de saudade espremida em suculento paladar esfomeado….

Cordas do coração

Cordas do coração
 
Ficou-se apenas aquele tempo
imenso e manso na doçura dos olhos teus
guardo comigo somente a impressão
formal daquele entusiasmo feroz
quando nos apaixonámos
sem orgulhos feridos
apenas o comprometimento
da nossa alma vaga enamorada
confidente
resistindo aprimorada
aos beijos castos que te dei
FC

Além da luz

Além da luz
 
Não meço a extensão de nada
meço apenas a preposição
de cada palavra
quando tudo se manifesta
no propósito de tudo e de nada;
Calculo milhões de minutos
de números anónimos,
multiplico as preces cansadas
cavalgo louco rumo à esperança,
contida na verdade
sem alardes

Destino do amor

Destino do amor - aos amigos presente e ausentes
 
À noite quando me deito
solitário e desencantado
entre um palmo de realidades virtuais
e aqueles nossos beijos casuais
rogo à beira de árvore plantada
na réstia da sombra Divina 
que me conceda entender
uma pouco mais o ser que sou
que somos, mesmo que escravos
apesar de envelhecidos nas fadigas
que o corpo molestado habita 
e não se compadece;

Para Sempre

Lembras-te daquele dia, Do passeio que demos devagar? Entre a chuva que caia, E numa carícia nascia o luar! Ainda lembro das vielas, Que os dois conhecemos, coitadas… Das janelas das vizinhas, Dos grafites nas fachadas. Não esqueci o que disseste, Quando acenavas a norte A foto que me deste O beijo roubado á sorte. De nós, saíram lágrimas do rosto, Seguimos sem demoras Enfrentamos o Agosto Em segundos, Em minutos, Em horas. Lá fora, não sabemos o que esperar Temos que aprender, temos que lutar Ninguém contou o que íamos enfrentar, Nenhum pintor, pintou este lugar!

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