Amor

nao era pra ser

Uma noite de pura chuvaem sampa

nos dois divididos no mesmo quarto

malas na cama roupas no chao

um tom de adeus

triste dia de chuva

e tudo muda .copos vazios

flores sem perfume e muchas

triste foi teu olhar que cruza o meu

dificil foi entender que acabou

dificil foi ouvir o teu adeus..

Tua melodia canta, amor

Os teus versos me encantam
- Cantam,
Com tua luz do meu abismo,
E ressoa por dentro d’alma,
- Calma,
Que sinto no meu niilismo.

A melodia é a lua
- Tua,
Cheia do teu amor alçado,
Amarrada à insolente
- Lente,
Do meu desejo avistado.

Sou teu livro de anotação
- Ação,
E já não quero mais ler,
Quero vós para sempre
- Sempre,
Escrevo em ti o meu ser.

 

Da brincadeira de amar

O desejo de amar faz do homem
um ventríloquo do mero acaso.
O peito pula e grita como lástima,
se preciso, queima a centelha
necessária pra se viver ouvindo.

O amor sacrifica o orgulho,
é uma liturgia dos antigos deuses,
uma espécie de velho augúrio:
Ritualiza o pecado e invoca
o sublime e puro bem-estar.

Os caminhos

Viajei por BRs em noites com muito brilho das estrelas que iluminavam a ida e volta e as duas listras amarelas paralelas,

Alguns trechos tinham teu rosto agarrado a cada estrela.

Em muitos quilômetros teu nome esteve dentro de mim, flashes contínuos

enraizaram se dentro da memória, promessas que se tornaram vazias, profecias, rodovias que levavam a nada,

próteses ásperas dentro do coração

sussurros teus a visitar meus ouvidos

permaneci soldado à paisana, para não ser descoberto pela frieza longitudinal do seu corpo suave que era meu

LÍNGUA FRANCA

Falemos de amor...!
Aquele tal sentimento
Que tanto se ouve falar e cantar...
Se pensa, se idealiza
Se sonha e se realiza!
Se escreve com 'A' maiúsculo 
E se rima com flor!
Tornemos a falar e falemos como nunca ou como se fosse a primeira vez...
Falemos o que nos esquecemos de falar para aquelas 'nossas' determinadas pessoas!
Tornemos a falar de novo e sempre
Já que parece que muitos não entenderam!

Andorinha

Veja a andorinha como voa
Tão à toa que não chora só
Ruflando tranquila, tão boa,
Pois voltará como um faraó
Ao deserto da infinitude.
Eu queria estar na nuvem dela,
Bailar sossego da solitude,
E convidar a primavera
A assumir o meu brilhar.

 

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