Dedicado

Eu sei que vou te amar

Anoitecia em Luanda
 
confundindo nossos gestos,
 
nossas frases
 
que ficaram por cantar
 
pernoitei na Maianga
 
onde afago teu violão
 
pelas memórias invocadas ao entardecer
 
nas nossas histórias de vida
 
nossos cânticos de amor,bebendo consolado
 
todos os ritmos envolventes
 
e apaixonados…lembrando
 

Forte Como Morfina, Linda Como Menina

Nas minhas veias correm sangues revolucionários
Que nem sei de onde herdei 
Pra nascer com esses planos,
E retirá-los do meu próprio imaginário!... 
 
Na minha visão, cavalga um cavalo.
No meu coração, mora um vício. 
Na minha palavra, percorre resina.
Forte como Morfina!
Linda como menina!
Bem-vinda ao meu hospício...
 
22 . 01 . 2015

Não Podem Me Controlar, Não.

Não podem nos controlar, não. 
Já perderam a multidão!
Leis, prévias, ruas e soldados... Não.
Armas, ameaças e fardos, não!
A máquina do sistema é falhada 
E só afunda a nação.
Não podem me controlar, não. 
Gravatas, autoridades insensatas, 
Patriarcados autoritários, monstros sociais;
Civis imaginários vestidos de demônios ultra reais. 
Pátrias inexatas, pássaros foragidos, homens anormais.

Quiseram Que Eu Ficasse Calado.

Quiseram.
Quiseram me enterrar num cômodo trancafiado!
Quiseram me assassinar bem cedo, 
cego e calado...
Não foi.
Não foi por isso que enfraqueci. 
Trago uma caneta e uma folha de papel.
Trago tudo o que vi, ouvi e aprendi...
 
Quiseram que eu ficasse chocado. 
Eu vi, passei e fiquei em silêncio. 
Sofri. Sofri de bocado! 
Dentro de mim.
Dentro de mim foi que houve!!!

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