Dedicado

Procura

Autor: bento reis on Saturday, 18 October 2014

Porque nao me ouves?
tambem se comunica assim?
Olha para mim, envelheço.
Sente que me quero dar
como se fosse ontem.
As almas falam entre si
apesar de não se ouvirem,
apesar da distancia.
Quando quis ser teu guia
já tinhas passado.
Quando quis abraçar-te
já eras demasiado grande.
Procurei-te na infancia
demasiado tarde
ou demasiado cedo.
Olhei-te no silencio
vi os meus cabelos brancos
raiarem na tua cabeça
pensei ser eu
gritei com medo

Porque não devo...

Autor: Frederico De Castro on Monday, 13 October 2014
Porque não devo  
-  à Carla parceira até à eternidade
 
Hoje quando te vejo
nesse olhar imenso e furtivo
casto e apetecível 
que parece sempre implorar
porque não devo
até me atrevo, e convido
comigo...ah sempre comovido
porque é assim quando te vejo
percebo até que não posso
percebo afinal porque até devo
acariciar  todo o relevo
desse esbelto sorriso teu
e isso eu sei

Marcha Liberta

Autor: Luan Soares on Saturday, 11 October 2014
Pensamentos como vozes que nunca cantaram
Meu desejo por você já é o mais forte do mundo. 
 
Marcha liberta filtrando as partículas sonoras
Das trombetas angelicais... 
Do sino da paz, do sino da paz.
(Das árvores e dos animais.)
 
Sinta no rosto a brisa!
Ferva no corpo a vida! 
Viva para que ela nunca seja esquecida!...
 
05 . 10 . 2014

Combatividade

Autor: Frederico De Castro on Thursday, 9 October 2014
Combatividade
 
Livrem-se do que é saudável
arrastem-se estes doentes
tão carentes
uns por vezes
até impotentes 
no corredor desesperado da vida
que se esvazia no vazio dos grandes
planos que a vida
deixou por concretizar;
 
Derrubem-se as fronteiras
da nossa liberdade perdida
na autenticidade dos ventos
clamando em vorazes ciclos de tempo
onde todos os gritos
que a dor suporta
jamais se rendem às horas
vagas e vazias
do meu puro egoísmo 
sempre premente no aforismo
das sílabas doentias
cada vez que pronuncio
sem mais euforias
minhas dores quase cancerígenas
no silêncio das lágrimas contidas;
 
Apetece-me ir embora
qualquer dia
e sei que vou, até
esvaziar-me do passado
e recusar este presente que me machuca
tão descompassado
pela existência súbtil 
que supera todos os segundos
contidos entre as horas 
débeis e fugazes
que passam pela vida disfarçada
sem regras ou palavras notáveis
apenas implorando à minha criatividade
que encontre na hora da superação
um pouco, só de mais combatividade
FC

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