VELAS DE MAR QUENTE
Trago comigo o silêncio, comigo mora o passado
Nubladas de angústia no pensamento, cerrado Impérvio anunciado!
Um místico sofrer fadado de censura, só em penitência permanente.
Aos teus pés hei de viver agora
E nada poderá me exilar
Do santuário de teu abraço.
Desde que conheci tua aurora,
De meu pensamento fiz teu lar,
Teu íntimo espaço.
À tua sombra de majestade
Não me importo com a escravidão,
Que me impõe teu soberano amor,
Porque teu nome é Felicidade
E vou gravá-lo em meu coração,
Qual um escultor.
SILÊNCIO E VOZES
Neste abismo de silêncio.
Deixa-me sepultar os nossos medos
Deixa-me sonhar junto de ti
Deixa-me sentir a doçura dos teus dedos.
E mesmo que despertes este meu pranto
Neste gesto de chorar que me enruga o rosto
Enche-me de calor com o teu corpo
Enxuga-me as lágrimas com o teu manto.
ESPIRITO DE UM HOMEM SÓ
Homem só que pareces uma ilha neste universo
Não isoles essa alma triste no meio da multidão
Deixa-me levar-te nas letras deste meu verso
Segue-me e viaja seguro na minha mão.
Companheiro aqui estou, aqui estou para te ajudar
Pousa o fardo da saudade, suaviza o trilho do teu penar
E mesmo que esteja frio, parecendo que quer nevar
Junta-te ao lume comigo e agasalha-te no meu gibão
Fala-me de ti meu bom amigo, que eu também sei escutar.
A MORTE DO MENINO POETA
E tu menino, homem, poeta, de olhos cansados escutando os sons roucos, das palavras sem nexo nesta escrita de loucos, neste poema corrido, onde a perseverança é nublada por pensamentos vestidos de negro decantados na desilusão da espera e trajados em crepúsculos pálidos da incerteza. E as frases dos teus poemas jazem vencidas caídas varridas para esse abismo profundo de solidão. E a sorte, essa, amarga e profana até na morte, cai em mergulho profundo, asfixiando-se por entre ais e lamentos numa mortalha lírica coberta por aromas de cedro e de rosa.
Preciso de um mundo. Simples. Com algumas ruas,alguns parques,alguns bons livros.algumas musicas. Um mundo onde vc fique comigo.Pra sempre Preciso de um mundo onde nós rimos todo dia. Onde não haja brigas Um mundo onde possamos ficar a sós algum tempo um mundo onde não haja choro. Um mundo simples.Só eu e vc sem choro,sem brigas,sem raiva Só nós. Todos os dias,todas as horas.
DAS COISAS DO CHÃO
(Des)fazedor de poesia...
Quando descobri esse Manoel
fui tomada de assombro:
Manoel de Barros,
do barro do Pantanal,
das grandes coisinhas do chão,
capaz de transformar pedra,
pau, graveto e formiga
em versos e alegoria!
E qual não foi o meu espanto
ao vê-lo poetizar as coisas
e coisificar a poesia...
( Para Manoel de Barros, Poeta do Pantanal, 12/11/2013)
O melhor de tudo fica na fotografia,
o teu olhar sorridente e um sorriso de me arrepiar o coração.
QUANDO A NOITE CHEGAR...DORMIREI .
QUERO SONHAR QUE ESTÁS AQUI.
QUANDO O CALOR DO SOL,
AMANHA ME ENVOLVER.
IMAGINAREI VOCÊ, MEU AMOR!
A APERTAR-ME EM SEUS BRAÇOS.
QUANDO A BRISA DO VENTO,
INVADIR MINHA CASA.
FECHAREI OS OLHOS...
PENSAREI SER VOCÊ, A SUSSURRAR
PALAVRAS DE AMOR .
E NOS DIAS EM QUE FRIO EU SENTIR,
IMAGINAREI QUE ESTÁS AQUI.
E O TEU CALOR SENTIREI.
LEMBRAREI COM SAUDADE,
DE TODOS OS DIAS QUE PASSAMOS.
DE TODOS OS MOMENTOS
EM QUE NOS AMAMOS.