PERI
Autor: ALEXANDRE CAMPANHOLA on Sunday, 11 August 2013Ó filho da mata
Teu sangue guerreiro
Será o primeiro
Na tribo feroz;
Teu olho silvestre
Que lança uiraçabas,
É o sol nessas tabas
Que espanta os potós.
Teu grito de guerra
Retumba no abismo,
Como um cataclismo
Ao som do boré;
Qual a samaúma
O teu corpo encerra
O brilho da terra,
No caipora a fé.
Em meio ao combate
Teu canto é bravio
Mais forte que o rio
De brusco caudal;
Não foges da luta,
Teu nome é batalha,
Teu sangue amortalha
O espírito mau.