Dedicado

Rua Ourânia 67

Ourânia 67

Minha morada de cor branca
Tem a mim e a parentela
Toda uma historia
A incerteza dos meus dias
E tem alegrias.

Minha morada antiga
Envia minhas preces a DEUS
E não esconde meus pecados
Tem alimento e simplicidade
Amigos ao redor

Minha morada antiga
Abriga a estante nova
Reserva lições de vida
Passado, presente e futuro.

Minha morada antiga
Tem meu quarto úmido
Esconde –me do medo
Acalenta me de paz
Eu tenho o amor dos meus pais

Herói

Herói ,
Meu pai estaria num grau avançado
História única
Sem a tecnologia ou poderes !
Sem educação secular ,
Meu pai grande homem
Retirante sem se retirar
Pernambuco era o seu DN
Apenas rabiscava o próprio nome .
Sem gramaticar os cadernos
Nem literatura ou verbos
Estágio avançado dos super. heróis
Lutou contra monstros em São Paulo
E venceu a todos !
A terra da garoa, prestigiou seu trabalho
Seu amor pelos filhos, esposa
Meu pai, criatura cativante !

Amor

Vasculhei os setores memoriais
E detectei
As velas acesas ainda das indignações passadas ,
O perfume cativante que deixou
Ofegante meu pulmão mecânico
O coração sem graça .
Performance de um homem de lata.
Resgatar de vez o aprendizado de todo amor
Paguei o perdão necessário ?
Perscrutar no setor correto do amor
Se está tudo quitado , se não ...
Apagar o mal cometido a si mesmo .
O que será o grande amor de certo ?
Acredito que o colibri responderá:
Toda mania perfeita de não esquecer a amável flor

Poemas e orações Autora Maria Carmo Borges Maria Borges

 Para o pescador

no mar largo e profundo

O pescador ganha o pão

Mas quando ele se revolta

de ninguém tem compaixão

 

E azul cor do céu

Mas não tem cor a sua água

Ó mar largo porque deixas

No coração tanta mágoa

JANELA DA VIDA ( Poema do livro "LAVRA")

JANELA DA VIDA

 

* link para adquirir o livro:

www.caravanagrupoeditorial.com.br/produto/lavra/

 

extensa

como uma reta contínua

inteira

e derretida

como uma geleira comprida

imersa e contida

no início e fim

dessa medida

imensa

e suspensa

por um fio partido

na origem

e fim

de um mesmo bramido

vencida

mas não rendida

pela presença

de sua

ausência sentida

Fraternidade

Desarraigar deste mundo a maldade, a dor.

Saborear o que sobrou de felicidade,

Reagir, superar o ódio com a audácia do amor,

E sentir a disciplina indolor que visa todo bem.

Desarmar das tristezas do mundo

Viver, alegrias bem medidas, sentir paz

Honrar a vida que foi concedida por Deus

E não desistir de sorrir.

Ser uma pequena amostragem,

Deste mundo selvagem.

Ter todos os indícios

De pequena mas notável bondade.

Ser fraternidade do bem!

Ver seu deserto ser desenhado em flores.

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