A REVOLTA DE NINGUÉM
Autor: Jorge Manuel Ramos on Monday, 1 September 2014
Hoje não me apetece ser poeta,
Não me apetece escrever palavras bonitas
Bem casadas, pensadas,
Nem me apetece imaginar coisas belas
Nem colorir a vida de pensamentos loucos
Quero apenas ser eu ou melhor ser tu
Que caminhas por aí errante
Sem querer escravizar a esferográfica
De assassinar o papel ou maltratar
Um compêndio ou uma gramática
Não me apetece ler ouvir, olhar o horizonte
Tenho sede e vou apenas beber a uma fonte,
Não procuro a inspiração
Zanguei-me com a imaginação