AH! SUSANA!
Autor: Ezequiel Franci... on Tuesday, 6 August 2013AH! SUSANA!
Minha amiga
Não vieste,
Não estiveste
Comigo
E a minha alma secou.
Não tive o privilégio
Da tua alegria,
Do sonho
Que escorre
AH! SUSANA!
Minha amiga
Não vieste,
Não estiveste
Comigo
E a minha alma secou.
Não tive o privilégio
Da tua alegria,
Do sonho
Que escorre
De tão longe, perto fico;
Obstino-me a voltar,
Dói-me o peito ao infinito;
Perdido no grito e morto no olhar.
Lágrima de sangue cai de minha face;
É o coração desatinado a pulsar,
Passou de corpóreo a invisível o enlace;
Intensificando o oposto de sofrer e amar.
Cada gota do velho uísque que absorvo;
Faz-me esquecer da vida que arrasta;
Traz-me um novo ser o qual suporto;
Pois afasta tudo aquilo que me mata.
Cada dose que consumo bar em bar;
Assegura-me adormecer o coração;
De angústias a bebida me alivia;
E traduz de um ébrio triste a emoção.
Noite longa renegaste o meu sono;
Acendeste em minh'alma os fantasmas;
Tiraste-me o reinado e o trono;
Apagando de minha mente o que acalma.
Envolto de pensamentos constantes;
Trazendo-me tortura insensata;
Rogo-te estrela cintilante;
Tira-me tudo aquilo que desgasta.
Madrugada fria eu te saudo a suspirar,
Mais uma vez me açoitaste o tenro sono;
Breve o lapso de dor veio eternizar,
Perdi o amor, o luxo e o trono.
Utilizei-me de poder e soberania,
De regalos te inundei, mas não o coração;
Cegou-me a fortuna e neguei-te alegria,
Quando querias em teu seio emoção.
Intrusa, oque fazes ao coração?
Absorvi tua essência em minh'alma,
Amarraste minha vida a um cordão;
Colocaste tua sorte em minha palma.
Debilitado ao ardor de tua pele,
Venho a sucumbir a desejos invensíveis;
Em meus olhos não há mais o que revele,
Tornaste meus instintos mais sensíveis.
Ouça moça de beleza temporânea,
Que fazes dando glória a teu corpo?
Bem sabes a juventude é momentânea;
E seu espírito jamais é absorto.
Induzo-te ouvir conselho meu,
Prazeres mesmo bons não são eternos;
O amor não olha príncipe ou plebeu,
Mas sim o coração que não é ermo.
Eu canto a vida, amo minha pouca saúde
No limite supremo de minha embriaguez.
Machuco as cordas do meu alaúde...
Aqui sou companheiro e a vida não tem vez.
Sinto as brumas da madrugada em minha tez,
O vento frio rumoreja no escuro céu.
Vejo na lousa o nome de um prisco francês,
E está feliz da vida, também, já morreu.
Não me espanto com uma árvore neste breu,
Mesmo que seja pavorosa e apodrecida,
Nem com o aroma – perfume de quem jazeu –
Tampouco com sua imagem: falta de vida.
Quero acordar
Desta ilusão,
Sinto que me vou jogar
Para um buraco sem chão.
Lágrimas estas vindas de dor,
Sim! Estas lágrimas que acabo de derramar,
novamente por amor.
Meus olhos ficam fundos,
cheios de solidão,
Perdida pelos mundos,
cheios de ingratidão.
Sorriso este abafo,
Sentimentos rejeitados,
Mente vazia,
antes cheia de alegria.
Vida memorizada,
de pequenas lembranças de saudade.
Que a dor não me deixe mais aterrorizada,
Aqui estou
Quase como da 1ª vez
«Lies»
Uma monocórdia de notas
E todos aquele reviver
De uma noite que me fez sofrer.
De forma estranha,
As memórias confundem os sentimentos
E de forma sincera
Sinto as lágrimas dessa noite,
Aqui estão,
Correndo dentro de mim
Pois já não as consigo chorar.
Foi a desilusão
Ou o sonho (falhado) de perfeição?
E afinal,
O céu quis-te a ti
E deixou-me derrotada,
No chão, desajeitada
Chorando o que não entendia