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O GALO CANTOU

O galo cantou!

O galo cantou,

Logo que amanheceu,

E o meu amor,

Ainda não apareceu.

Procurei por você,

Na sala, no quarto e na cozinha,

Fiquei esperando,

A madrugada inteirinha.

Quero saber,

Onde você se meteu,

Você me prometeu,

A não me magoar,

Chega com a carinha de inocente,

Fingindo estar carente,

Querendo me amar.

O galo cantou,

Logo que amanheceu,

E o meu amor,

Ainda não apareceu.

Quem me dera,

Se meu bem me quisesse,

A CONQUISTA

A Conquista.

A vida é,

Eterna fantasia,

De sonho e poesia,

Alimentando corações.

Com emoções,

Quero viver com seu acalento,

Sem ficar ao relento,

De amar em mil paixões.

Querendo estar,

Com você ao seu lado,

Me torno pacato,

Nesta imensidão,

Por isso digo a você com carinho,

Vou de mansinho,

Conquistando seu coração.

Não pense,

Que vou lhe deixar,

Ou te magoar,

Se você a mim se entregar.

Só quero acreditar,

E fazer entender,

COMO SABER!

Como saber!

 

Como saber se vencerei!

Como saber como morrerei!

Como saber se calarei!

Como viver? Não sei!

Sem o dito viverei,

Não sei se deitarei,

Mas, no caos lutarei.

Mesmo no nunca, nunca saberei.

Aqui no mundo estarei,

Testando ao próprio rei,

Sendo assim terminarei,

Velhas promessas,

Velhos contos vagos,

Que em vários lagos,

Os próprios magos,

Eles viverão, e,

Nos sonhos das verdades,

Nos contos sem idades,

Vejo um teatro,

CADERNOS

reparei agora
onde vivo
 
partes de mim,
separadas,
povoam cadernos
 
desenhos do meu intelecto
vivem entre linhas intemporais
 
sonhos
   começados
   inacabados
 
contam histórias
abafadas pela imensidão dos tempos
 
mas hoje
por detrás das metáforas que o lápis traça na minha mão
 
vivo e cresço

A Parte - 2

A Parte

 

Há uma parte de mim que não é minha, no entanto está comigo

Estranhas essas coisas que estão conosco e não são nossas

Talvez sejam nossas defesas, ou quem sabe como anticorpos

Mas não é nada orgânico, embora exerça influencia sobre

Coisas que vamos agregando ao longo da vida em nós

E com essas coisas construímo-nos, a parte

 

Charles Silva

O FEITICEIRO

acordo
noite, gritos, luzes
 
tambores outonais
 
levanto-me
sabor a mel, hidromel?
 
sinto-me sujo
penas, sangue
 
criaturas da noite
criaturas da solidão
 
acompanham-me, libertam-me
 
corro
 
clareira nua
dança nua
 
sinto-me corpóreo, etéreo
lambo-te
 

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