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Ego Subjetivo

Ego Subjetivo

Egocentrismo é o meu mais novo inimigo, é antigo como uma cicatriz de infância. Ei de enfrentá-lo pelo bem do resto de mim. Não quero esse incômodo trejeito personal. Porque personalidades se lapidam desde que se conheça suas raízes fincadas no âmago. Antes de combater a outros, limpo-me da minha própria subjetividade.

Ela caça outro.

Tem sempre de estar tudo bem
Até mesmo quando nos vão à carteira
Até mesmo quando nos apanham de maneira
Que fiquemos à beira dum vai e vem

No prato de jantar não tem lagosta
Ela gosta mas o gosto eleva o gasto
O gajo não pode gastar, embora casto
E vende a alma a qualquer monstra

Ela, por sua vez, mostra que se importa
E pede para importar o presente para lhe dar
Ele bate com a porta e parte por hora
Agora, a gaja gasta o que ele foi deixar

A Se ?

A se ?

 

Se eu fosse marinheiro, eu singraria os mares e atracaria em porto estrangeiro, beberia vinho tinto nas tabernas portuárias. –

 

Se eu fosse aviador, eu transporia as cordilheiras para voar junto a um Condor, pousaria suavemente no rio negro, no meio da Amazônia. –

 

Se eu fosse mergulhador, eu vasculharia o fundo oceânico da Antártida no atlântico Sul, em busca da mais Linda pérola. –

 

Se eu fosse astronauta, eu contornaria a lua em direção as estrelas, e nos anéis de Saturno fincaria a minha base. –

 

Hoje sou incompleto

Hoje sou incompleto,
Repleto de espaços em branco
E preenchido por um indiscreto
Eu mais brando.
Não sei se sou eu,
Mas sinto-me e penso-me
Como se fosse;
Não sei se a vida em mim morreu,
Mas já não lhe ouço ou sinto a tosse.

Dou por mim
a vasculhar nos cantos da memória,
Enquanto ouço o oceano bater.
Procuro mil histórias,
As que vivi e perdi
Por não as ter;
Por não haver
Senão palavras imaginadas,
histórias forçadas
Por imaginações ainda embriagadas...

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