Última janela de abril
Autor: Adriano Alcantra on Friday, 30 May 2014Tenho em minha boca
O gosto da alma de teu corpo,
Em meus olhos,
A sede que tu atentas a olhar.
O hoje do daqui mil anos
Não é mais o mesmo.
Pegamos o futuro combalido fraco vacilante,
Deitamo-lo desmaiado na nossa cama “desnomeada” presente.
O universo fugiu do seu verso
Nada de além
Quando peles sentem gozos feito leite,
Feito nódoa derramada pelas plantas feridas na casca,
Com gosto de cheiro das flores de laranjeiras
Ampulhetadas no sereno branco da noiva manhã.