Geral

NON SENSE

As estranhas entranhas das quais me referi antes

São apenas meros relatos de um sublime apocalipse

Tão sublime que enche o copo e transborda o vazio

E traça a taça que tasca a lasca

 

A sombra é parceira, o amigo é oculto

A luz é falácia, o brilho é obscuro

A música é bela e o piano é divino

O barulho é descompasso e o furor, assassino

 

Não há nada a dizer e nenhuma estória pra contar

Apenas a alquimia do pranto, do desencanto ao encanto

E seres que voam no céu em forma de nuvens

Nova Mente

Desce

Desce pela borda e mergulha

Novamente

Em uma nova mente

Líquida de palavras

E pensamentos aéreos

Prontos para pousar

Em outros aeroportos

Suspensos sobre cachoeiras

De emoções

Que preenchem o vazio

Com notas musicais ébrias

E totalmente racionais

Que fluem de uma irracionalidade atemporal

Que reside em sua mais pura e infinita

Gargalhada infantil

Atenção

Atenção

 

Tentei olhar pros carros na rua, as luzes nas esquinas e até cartazes tentei ler. Não adiantava nada, meus olhos agiam como um radar automático que funcionavam independentes das minhas ordens. Em alguns momentos minha boca enchia d’água. Tentei contornar a situação, mas não deu certo. Aquele par de seios prendeu a minha atenção.

 

Charles Silva

 

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