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A Ver o Mar

A Ver o Mar

 

Deixou aqueles velhos beijos por outros beijos

Trocou a antiga amizade por novas ilusões

Quem conhecia teu formato, teu jeito fugaz

Ainda desfilou como em dia de carnaval

Humilhando a platéia somente para mostrar

Sua nova fantasia que acabou rasgando, desbotando

Havia um porto, um estaleiro para reparo e descanso

Preferiu aventurar-se ao mar, sem bússola, sem leme

Voltou à praia, agora suja pelo óleo

Que sangrou das avarias das embarcações

Agora se senta na areia pensativa, a ver o mar

Com & Sem

Com & Sem

 

Sem apreço, sem motivação, sem direção

Com defeitos, com qualidades, com saudade

Sem noção, sem amor, sem paixão

Com tudo, com nada, com coisas

Sem direito, sem dívida, sem dinheiro

Com opinião, com decisão, com intenção

Sem com

E

Com sem

 

Charles Silva

Frases que eu joguei fora

Frases que eu joguei fora

 

Não adianta tocar, tem que pressionar

Procuro borboletas onde não há flores

Sou bom em certas coisas, noutras pior

Meu espelho não me reflete, me assusta

Os sonhos não conhecem meu travesseiro

Estava marcado pra ontem, só lembrei hoje

Quebrei um dedo, o outro com inveja inchou

Olho, não vejo, espero, encontro e desespero

Você e eu não somos um, nem dois, nenhum

Mesmo que saiba digo que não sei, ouvi falar

Toda manhã meu corpo faz xixi pra cima, ainda

Frio Glacial

Como enfrentar mais um verão, sem suas cores ao redor

Deixa que o frio fique aqui, sim vamos ver manhãs de sol

Vem o abstrato da paixão a me dizer não fique só

 

Que mistério vai revelar o próximo segundo a escrever

Coisas que de dentro do universo do viver de um homem só

Beleza, cor, amor e luz, com beijos molhados e suor

 

E quem sabe a caneta do escritor vai mostrar luz à escuridão

E até quem sabe a escuridão não resista ao calor de uma paixão

Aquecendo o frio glacial, que se instalou no coração

 

Estes não ficam...

Enfeitiçaram a estrada
Tão poderosa quanto a Terra que se cria, se nasce...
Mais milagre que fé em puro,
Estávamos em apuros com ela nela
O pó vermelho ao sangue pertencia a ela.

Os faustosos tamisados delinqüentes com espantos
Dos últimos sarros detidos pelas vergonhas.

Pedem trocados os que esnobam apelos
E se tudo fosse como antes,
Os que estavam em dívida com festas cruas
Teriam que emboscar um pouco de vinho
Na vide podre o negro fim de casca de uva.

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