Geral

Cantiga sofrida

Cobiçavas a vida,
Amarga e sofrida,
De tantos a te desejar,
Eu não tinha saída,
Somente embebia a ferida,
Ajudando-a a cicatrizar,
Degustavas a inveja,
Que a ti nada leva,
Tinhas fome de ser anfitriã,
De todos momentos, pessoas e eventos,
Esquecendo do seu amanhã,
Na sua fraqueza existe tristeza,
No seu coração nó cego a desamarrar,
Pois bem bela moça, digo-te com força,
Não inveje e comece a amar.
 

Alan e o pé de Graviola

Nos anos sessenta os pais de Alan se mudaram para uma casa no subúrbio ainda pouco habitado, era uma casa grande, com enormes varandas. O quintal também grande na parte de trás e dava para um terreno baldio. O pai de Alan era uma pessoa muita severa, assim como sua mãe também. Alan era o filho mais velho dos três filhos do casal. Certo dia o pai de Alan trouxe para casa uma muda de uma árvore frutífera chamada de Graviola. Em vista de todos da família, o pai de Alan plantou a muda rente a cerca do quintal dos fundos da casa. Alan tinha então sete anos neste dia.

A Ver o Mar

A Ver o Mar

 

Deixou aqueles velhos beijos por outros beijos

Trocou a antiga amizade por novas ilusões

Quem conhecia teu formato, teu jeito fugaz

Ainda desfilou como em dia de carnaval

Humilhando a platéia somente para mostrar

Sua nova fantasia que acabou rasgando, desbotando

Havia um porto, um estaleiro para reparo e descanso

Preferiu aventurar-se ao mar, sem bússola, sem leme

Voltou à praia, agora suja pelo óleo

Que sangrou das avarias das embarcações

Agora se senta na areia pensativa, a ver o mar

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