vida vs amor
Autor: Danny on Wednesday, 17 July 2013vida....
Tantas vezes reprimida
vida....
Tantas vezes reprimida
Já meu coração se cansou
Anda aqui a contra-gosto
Foi o amor que o maltratou
Ou da vida algum desgosto.
Canto e p'ra meu desespero
Vou cumprindo sina minha
Agora o que mais quero?!
Só eu sei, quem adivinha?
Lá da terra donde vim?!
Do lugar não reza a história
Mas vos digo ainda assim
Que não me sai da memória.
Há searas de trigo loiro
Ao sol e ao vento a ondular
Ao longe ficou meu tesoiro
Mas vivo para o recordar.
a vida e eu...
O tempo marcou-me as feições
nas palavras deixo a mágoa
trago sonhos e ilusões
e os olhos rasos de água
pareço pássaro aturdido
com a luz do entardecer
por entre a folhagem escondido
vou deixando acontecer.
Trago a saudade no peito
como se fosse feitiço
para o qual não há jeito!
Assalta-me a qualquer hora
é viagem onde me perco e me invento
me alegro, entristeço,
e anoiteço,
quando de mim se assenhora.
O AMOR
DO EMPREGADO
AO PATRÃO
NEM EXISTIA.
OUVI.
NEM OUVIA
QUERIA
DIZER
OUVI.
Pedaço de universo
Eu não sou eu, sou apenas um pedaço, é que de mim não enxergo tudo, isso é fato. Muitas vezes enveredo pelas partes de mim que eu mesmo desconheço, então perco de vista o lado de mim que já conheço. São encruzilhadas, corredores, labirintos, ruas, montanhas e desertos, para ver-me por completo, tenho que enxergar quase que um universo. Nesse caso sei que não é possível enquadrar-me por completo, então me conformo sendo um pedaço do que sou, dentro de um pequeno universo.
Charles Silva
Nostálgico
Às vezes eu gostaria de viver em outros tempos
Tempos que o romantismo estava na moda
Tempos que o poeta era respeitado
Talvez eu fosse mais feliz naqueles tempos.
Imagino-me em outro século
Com as vestes e os costumes já considerados retrógrados
Com um chapéu e um relógio de bolso na mão
Escrevendo meus versos com penas de um parco prosador.
Tenho saudades de um tempo que não vivi
Tenho deveras um sonho
Sonho de um dia poder viver assim.
Procrastinar
Às vezes procrastinamos demais
Procrastinar virou algo comum
Delongas tudo se faz delongas
Escusa no senso comum.
Execro quem assim age
Quem acha isso profícuo
Eu não acho tal ato idôneo
Acho isso um verdugo para quem o faz.
Acabrunhado fiquei ao saber
Que posterguei uma vez
Mormente por não dizer o que deveria.
Dir-te-ia mesuras até quixotescas
Comedidas por um devaneio
Mas tudo eram empáfias deveras.