Geral

Aprenda

Aprenda a abraçar aquele amigo de muito tempo,
Aprenda a ouvir a conversa de quem não diz nada,
Aprenda a sentar e pensar nos momentos difícies,
Aprenda a não culpar alguém se você foi o culpado.
Aprenda a diferenciar namoro de amizade,
Aprenda que haverá dois caminhos
Aprenda a não cair na primeira dificuldade.

Na verdade, não sei, quem na verdade sou

Não sei se sou quem na verdade pareço ser!
Sou tantas vezes lágrima em sorrisos perdidos
Que afoguei a minha própria tristeza no peito.
Sou um trapézio de cordas bambas mas seguras,
Sou um rio que a chuva enche de lamentações.
Sei quem sou aos olhos da chuva que me encharca
Mas na verdade, não sei, quem na verdade sou.
Por vezes, sinto-me assim, a modos que perdida
Apetece-me chorar! Mas já não sei como se faz!
A vida tratou de me roubar as lágrimas salgadas,
Marcou-me um destino de brisa-primavera,

Sacrifício

A borboleta às cores pousou na flor às cores a morrer por cima do pano que tapa o espetado que havia sonhado e gritado e caído amparado na terra dos pedaços de carne em decomposição. Na terra dos pedaços de carne em decomposição há o esperma que caiu no canto escuro da casa e que depois foi atirado para fora da porta trazendo consigo os cavaleiros do apocalipse que ainda hoje encostam o focinho preto dos cavalos nas vidraças. O focinho preto dos cavalos nas vidraças desenha uma boca fechada e despro-vida de sensualidade tal como um corpo gretado e sujo envolvido numa mortalha tosca.

BRAVO

A aparência de uma maçã 

A fome de um andarilho

A cultura de um estudante

Na sinfonia do universo

Nuvens ventos chuvas

Estradas flores gritos

Supérfluos adjetivos

Cravados em um monumento

De soberbos acirrados ingênuos

Panfletos gestos animalescos

Soldados e bombas

Insurgi bravos brasileiros

Com suas lanças de um mais um

Milhões de passos que vi na TV

Bravo

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