Geral

Belo Feio é o que há

Braços gensjisckam rosto de menphis
Puxam nomes, canções, donas do ciúme
E bebês mijões de calçadas.
Vida – atrito do tempo.

Foste o feriado com dança de silêncio
Trombone sopro do entusiasmo.
Somos todos nascidos na cidade dos gritos
Aonde lamentos vinham a cavalo
Mulheres copulavam nuas pelas ruas de pedra
Junto à noite que não conhecia dia.

Um oi ao vulto na perda de si
No pesadelo e fogo de bolero antigo,
Pés e muito pó na face.
“Andados” eram garoas frias longe de doar amores.

Os pobres do meu povo

 

Os pobres do meu povo

 

Meu povo, meu povo!

Meu povo sofrido que vive a dor,

Meu povo tão triste que tem meu amor,

Meu povo querido, mas tão desvanecido.

 

Povo meu, povo meu!

Povo meu eu sou teu,

Povo meu, meu amor eu te dou,

Povo meu que deveras vive quimeras.

 

Povo sofrido, mas tão sonhador,

Que sonha um dia viver menos dor,

Povo que sonha com um mundo melhor.

 

Pena que estão enganando meu povo,

Com muitos engodos de uma corja injusta,

Escolhas

 

Escolhas são feitas todos os dias, por todos nós, escolhedores do nada, daquilo que não temos certeza, daquilo que pode ser tudo ou apenas mais uma escolha. Pessoas escolhem nos escolher por que acreditam que somos os escolhidos, e pessoas, escolhem não escolher, escolhendo, porque tem que escolher, porque mesmo não acreditando, escolhem viver, mesmo não vivendo pela própria escolha. 

Aos que choram

Mãos sobre os ombros do fim de semana
Vidros olhos da mentira e aleluia
Favas indecentes
Muro de concreto – sangue do regresso

Lembranças de asas longas
Perdem a corrida do tempo
Que não tem preguiça

As letras boas que jaz no passado
Inspiraram esta fuga cata-vento
Em montes uivantes do “surdooeste”

A culpa safou-se,
Verás as andorinhas feitas de V
Escalarem todos os ventos protegidos pelo verde
E o negro das pedras.

Gritos escapolem da garganta

Serás o espinho e a cruz

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