Geral

Ausência

Menina que olhas o mar
Com teus olhos grandes e admirados
Procuras o barco que te leve para o outro lado.
Queres ver o teu pai que partiu faz anos
E não voltou.
Nunca percebeste porque partiu.
Nunca te o disseram.
Não te quiseram explicar
Para evitar a dor.
Quiseram ocultar-te a figura paterna.
Agora estás triste e procuras em cada canto
do mundo a resposta.
Onda vem, onda vai
nesse imenso mar
e não há noticias de teu pai.

Pauta de palavras

Começo a escrever lentamente, concentrado.
Palavras atrás de palavras na mais bela sequência.
Procuro as mais simples e as mais sublimes.
Aquelas que ficam bem num pedaço de papel qualquer
Não importa o tamanho
Pois é a grandiosidade da escrita que interessa.
Faço pausas entre cigarros imaginários
Enquanto as palavras certas não surgem
no curso do rio da mente.
Tento que as mesmas convirjam em sintonia
pela estrada branca do papel rumo a um significado-
A um fim.

Chocolate

Nao dizes nada, nao revelas nada.
Nem no olhar, que parece vazio.
Tento olhar dentro de ti
E so o vazio parece existir
Nesse abismo que e a tua alma.
Tento furtar te um sorriso
e so tristeza vejo no teu olhar.
Faço equaçoes sem fim
e nao chego ao fim do problema.
Nao te mexes e nem uma lagrima brotas.
Nao existem emoçoes em ti
Nao pareces existir.
Sera que ainda vives?
Dou te um pedaço de chocolate.
Para te conquistar de novo.
Como um milagre teus olhos brilham de novo

Fim de tarde

Numa esplanada junto ao mar entre copos de cerveja procuro as palavras certas para o papel passar.
Dançam na cabeça sem as saber ordenar. Faço combinações procurando a inspiração do mar. Em vão, teimam em não ficar naquele papel de rascunho para mais tarde recordar.
As ondas dançam à medida que bebo.
Junto as palavras embriagadas pela cerveja, construindo e desfazendo frases como castelos na areia.

Poeta

Roto e descalço o poeta escreve seus versos.
Deambulando aqui e acolá faz de sua arte afago para a fome cujo talento não enche barriga.
A troco de cêntimos ou euros dos mais generosos capricha sua escrita de modo a encher sua marmita.
Ao menos lhe dessem também uns sapatos que os calos e feridas são duros de aguentar.
E também uma vestimenta nova que andar roto não dá dignidade ao seu ar.

Jaula

E com essa doenca eu convivo todos os dias porque é como o vento ela vem levanto minha alma embora lentamente, aqueles avisos que minha cabeca mandava para o meu coração eu quiz ignorar e finjia que era besteira. Mas como uma espada afiada isso veio e me corto todo por dentro eu me sentia mal por ter deixado você dominar, se eu tivesse sido mais firme mais homen e eu tivesce te dominado talvez nós estivesmos ainda juntos, e cada vez mais eu desenho voce nas paredes de meu quarto ja esta se tornando uma obseção e isso eu não posso deixar acontecer.

Gloria

Temos as vezes ah gloria derradeira que sentimos que ganhamos mais não ganhamos simplesmente nada, dias escuros dias claros aminésias constante de lembrancas recente passado que junta futuro que se aproxima. Varias palavras cliches vem em minha mente que no fim não penso em nada,são apenas pensamentos um diferentes do outro algums sobre amor outros sobre passado algums sobre futuro. não tento pensar demais pois chega até cansar ter essas vida chata e calma até serve para min não quero tantas aventuras apenas Paz

Dirigindo

Entre longas estradas eu dirijo rumo ah uma vida sem planos apenas com algo na cabeca com apenas uma moto uma mochila e algums trocados no bolso vou vagando lentamente e devagar ate chegar um certo ponto que eu canse e que nao tenha mais forcas e me deite mais nao para morrer mais sim para ver tudo oque ja fiz passar diante de um Tv velha com imagems em preto e branco e poder me dizer que tudo valew apena

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