O ANJO DA GUARDA.
Autor: Alexandre Herculano on Friday, 30 November 2012«Impio, silencio! A tua voz blasphema
Da noite a paz perturba.
Verme, que te rebellas
Sob a mão do Senhor,
Vês os milhões d'estrellas
De nitido fulgor,
Que, em ordenada turba,
A Deus entoam incessantes hymnos?
Quantas vezes apaga
Do livro da existencia
Um orbe a mão do Eterno!
E o bello astro que expira
Maldiz a Providencia,
Maldiz a mão que o esmaga?
Acaso pára o cantico superno?
Ou apenas suspira
O moribundo,
Que se chamava um mundo?