LYRA XXXII.
Autor: Tomás António G... on Wednesday, 5 December 2012N'uma noite socegado
Velhos papeis revolvia,
E por ver de que tratavão
Hum por hum a todos lia.
Erão copias emendadas
De quantos versos melhores
Eu compuz na tenra idade
A meus diversos amores.
Aqui leio justas queixas
Contra a ventura formadas,
Leio excessos mal acceitos,
Doces promessas quebradas.
Vendo sem razões tamanhas
Eu exclamo transportado:
_Que finezas tão mal feitas!
Que tempo tão mal passado_!