Agora (XV)
Autor: Rui Vaz - leprechaun on Saturday, 28 May 2022Só no reino da ausência da mente
se está desperto e sempre presente,
de si próprio todo consciente.
Sª Mª Feira, 26-08-2018
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Só no reino da ausência da mente
se está desperto e sempre presente,
de si próprio todo consciente.
Sª Mª Feira, 26-08-2018
deixo que os vocábulos sintonizem aquilo que eu sou no escaparate duma solidão que se prolonga até despontar a misantropia; e que introduzam na minha alma uma fulgência que pressuponha as viagens desveladas que realizei.
Larga a identificação com o pensar,
até a paz da quietude se instalar.
Sª Mª Feira, 25-08-2018
trago na ideia os relatos da minha juventude onde entoei cantigas que investiram contra a muralha dos antagonismos; que ampliaram a liberdade deferida pela minha imaginação; que abasteceram a minha existência perturbada.
Observa o pensamento e o pensador,
e identifica além um Eu maior.
Sª Mª Feira, 25-08-2018
andarilho pelas deslealdades mundanas para depois as inscrever na minha poesia com palavras que espantem todo o sofrimento; que lembrem as minhas andanças para exorcizarem os equívocos que ressaltam das suas desmesuradas tribulações.
O pensar incessante é escravidão,
dominar a mente traz libertação.
Sª Mª Feira, 25-08-2018
as palavras emergem quando dilucidam as mágoas consentâneas com a angústia de viver, mas também crepitam um folguedo que escapa aos dísticos usuais quando trepam as vertentes da insigne poesia.
Entra no reino da quietude interior,
quando cessar da tua mente o vão rumor.
Sª Mª Feira, 25-08-2018
a poesia acentua o nosso destino com vocábulos que desenrolam o milagre de existir contra a calúnia que sombreia a nossa resiliência e a nossa fascinação; sufoca a brutalidade abrangente e os seus parâmetros oxidados pelas nocivas emoções.