Meditação
um palácio transcendental
Autor: António Tê Santos on Friday, 13 December 2019para as dobradiças da morte se transfere toda a miscelânea existencial onde se modificam os símbolos que foram corroídos pelas tormentas; e onde há narrações que perduram para lá das garraiadas habituais.
um palácio transcendental
Autor: António Tê Santos on Friday, 6 December 2019as minhas efusões deslizam pelas primícias do alvor que invento depois de cirandar pelas minhas cicatrizes; depois da minha alma esculpir os versos que a desatam do frenesim diário e da farsa mundana.
um palácio transcendental
Autor: António Tê Santos on Sunday, 1 December 2019abomino aqueles que poluem a alma dos seguidores transformando a sua roupagem em farrapos de ignomínia; que envergonham quando conjeturam advertências que incluem um veneno muito antigo; que estonteiam quando renovam as suas homilias falsamente redentoras.
um palácio transcendental
Autor: António Tê Santos on Wednesday, 27 November 2019a multidão que me rodeia tem um furor que me arremessa para o recetáculo do isolamento onde repercuto os ditirambos do meu progresso e interpreto a minha voz através duma clarividente monotonia.
um palácio transcendental
Autor: António Tê Santos on Sunday, 24 November 2019numa praia de areia branca estão os meus devaneios e os seus tisnados versos que se inteiriçam nas margens duma psicologia exangue com vocábulos que se instalam no cocuruto das minhas aspirações.
um palácio transcendental
Autor: António Tê Santos on Thursday, 21 November 2019versejo sobre as agruras sustidas pelo meu bom-senso; sobre os ardis que me constrangeram a desposar uma lua inspirada e trabalhadeira; sobre a minha individualidade porque ela superou a erosão do tempo.
um palácio transcendental
Autor: António Tê Santos on Saturday, 16 November 2019a resoluta viagem em torno de mim introduz viscerais ideias na minha poesia quando o meu vigor recrudesce imiscuído nos tratos que investigam as querelas ou quando me surpreendo ao lobrigar afundada a barcaça dos meus suplícios.
MALES PRESENTE E INCERTEZAS FUTURAS
Autor: Madalena on Thursday, 14 November 2019MALES PRESENTE E INCERTEZAS FUTURAS
Hoje, eu estou feito um pássaro no deserto, sem uma árvore para pousar.
As roupas rotas, mas, a cor ainda permanece.
São de cores vermelha, cor de sangue; acredito que seja o Sangue de Jesus.
O meu pão, eram dois pedaços, um, o Judas Iscariotes comeu.
Minhas sandálias amarradas, com tiras de couro de um animal que um dia teve vida e hoje não a tem mais.
As minhas pernas já cansadas de caminhar por esse deserto, chamado mundo.
um palácio transcendental
Autor: António Tê Santos on Tuesday, 5 November 2019a minha verve não enfraqueceu com as intempéries que me devastaram nem com as atoardas cáusticas que eu fui ouvindo ao longo da minha existência: ela transporta o nutrimento que rechaça os meus obstáculos erradicando assim a monotonia que desarmonizou o meu destino.