Meditação

Desmedido tempo a escrever,

Supérflua poesia inexpressiva.

Outrora coexistia no meu ser,

Agora lentamente desvanecia.

Tropeçava inconsequente,

Inerente a melancolia.

Subsistia dormente,

Veemente resistia.

Esporádica esperança efémera estagiava,

Errática mudança que na terra enterrava,

Pragmática criança que contigo sonhava,

Estática a lembrança de um olhar que me olhava.

subi penedias que ilustraram os rudimentos da minha vida: os dissabores dançaram à volta dos abusos e as brigas foram transportadas para um enxurdeiro.

tenho a duradoira missão de conspurcar a esperança com premissas francas e desencantadas mas recuo aos meandros da solicitude para afagar as almas bolorentas.

o dístico da saudade está numa mancha que se estende desde uma ilha infantil: é feita de cristal e exterioriza-se nos estreitos lugares onde a devassidão avassalou.