Meditação
TRIGONOMETRIA GEOGRÁFICA
Autor: Ivan de Oliveir... on Sunday, 15 March 2015Partindo-se do princípio de que a Terra é redonda,
A vida é circunferência e, os seres humanos, raios...
Em círculos concêntricos a respiração é um ensaio
Que produz energia vital liberada em tubos e sondas.
Na maquete universal o homem é a experiência maior
Cultivado em seu eixo nos extremos do bem e do mal,
No livre arbítrio há uma senha que o torna infinitesimal
Quando o bom-senso decodifica o que há de melhor...
Durante a rotação do orbe os sentimentos são medidos
COEFICIENTE ZERO
Autor: Ivan de Oliveir... on Saturday, 14 March 2015Meu equilíbrio facilmente não se desmonta...
Futebol, política, religião... temas não incipientes,
Tão caducos que perderam as bengalas da vida...
Desequilibrados são os que se regem nesta cartilha,
Desde criança sei que políticos vivem em quadrilhas
E quem discute suas atrocidades não vive, vegeta...
Quem se mete a digressões religiosas é fanático,
Estresse que vara as madrugadas de ponta a ponta
E o passional desnutre o raciocínio e se desencontra
PRINCÍPIOS
Autor: Ivan de Oliveir... on Saturday, 14 March 2015Nada do que escrevo é em dose homeopática,
A alopatia é parte integrante do meu veneno,
Às vezes vejo tudo grande e o que é pequeno
Se transforma e assume proporções enigmáticas.
O mundo me parece ontológico... o que fito
Leva-me a pensar que o homem soterra valores,
Afugenta de si a essência dos verdadeiros amores
E nas figurinhas que troca engana o próprio fisco.
Perante o ecletismo da vida há hediondos parasitas
Que difamam o social em suas teias assaz infinitas,
GARIMPEIRO DAS MADRUGADAS
Autor: Ivan de Oliveir... on Monday, 2 March 2015Sinto-me moleque a garimpar ilusões,
A travestir-me de Dom Juan e caçoar raparigas,
Plenamente indiferente ao ribombar das intrigas
E mercenário das palavras que entortam corações.
Vejo-me caduco ao recordar tais intrujices
Que fizeram de mim mancebo de mil faces,
Usei a inteligência como símbolo dos disfarces
Que interpretei cabalmente em minha meninice.
Os anos deixaram no tempo dissabores profundos
E ainda me rio ao lembrar que fui o vagabundo,
Estertor das madrugadas e lampião das donzelas...
DUAS METADES
Autor: Ivan de Oliveir... on Saturday, 28 February 2015Há momentos que sou apenas metade de mim...
Talvez línguas desvairadas perguntem:
E a outra metade? Que vem a ser dela?
Não sei... Quando vivo uma metade,
A outra simplesmente se esconde, some,
Nem imagino sequer o paradeiro dela...
Na verdade, estas duas metades são extremos,
Cada qual tem vida própria, mentes individuais,
É como se fossem estrangeiras, não se entendem,
Nunca se encontram, sobrevivem a distância.
Às vezes é trabalhoso adaptar-se aos engenhos
DONO DE MIM
Autor: Ivan de Oliveir... on Saturday, 28 February 2015Sou conexão entre o que penso e escrevo,
Em derredor de mim há arraigadas piratarias
Que tentam inundar-me de febris utopias
A fim de manipularem livremente meu acervo.
Sou estilo formatado num conteúdo definido
Em que a sensibilidade sigila planos fabricados
E dá à argumentação estradas sem ser atalhos
Por onde vagueio e exponho meus arquivos.
Sou particular dos enredos... Tenho oficinas
Que tecem meus retalhos e são minhas minas
Onde a criatividade adormece... e desperta!
Poema improvável
Autor: Henricabilio on Friday, 27 February 2015~~* ~~* ~~* ~~* ~~* ~~*
Eis aqui uma folha de papel:
Branca, virgem, imaculada...
Simples e modesta como tantas outras.
Ante ela, olhares e sensibilidades múltiplas
Podem sempre ter reações distintas:
Encolher os ombros, ignorar e olhar sem emoção;
Ou imaginar cores, fogo, arte e vida;
Ou sentir ali, de forma espontânea, poesia em bruto.
Um poema pode pura e simplesmente
Ser invisível e não ter presença física
E passear-se no ar, com o vento e o sol,
Qual espírito de luz que alguém há-de absorver.
Caminhante da paz.
Autor: Escritor Leandr... on Wednesday, 18 February 2015Caminhante da paz.
Foto Web.
Eu sou um caminhante desta vida,
o que leva a palavra amiga,
que conforta o aflito,
e acalma o seu conflito.
Mas eu sou,
o andante sem destino,
o amigo que está contigo,
que conforta o seu amor ferido.
Eu sou,
a parte do tempo perdido,
a conciliação do amor rompido,
escuta o que eu digo,
eu sempre a quero comigo.
Mas eu sou,
aquele que você não vê,
mesmo assim em mim você crê,
pois sou a essência de seu viver.
Sou a sua prova vencida,
e o verdadeiro sentido da vida.
Pois eu sou,
aquele que lhe traz conforto,
aquele que escuta o seu lamento,
que rogaste neste exato momento.
Sou o destino das escrituras,
o juiz justo desta sentença,
para o pecado da demência,
e o perdão para o inocente,
deste mundo decadente.
Sou aquele que lhe ama,
mas não se engana,
desta palavra de amor,
pois sou dele o único semeador.
Sou simplesmente a essência,
da vida ou da morte,
também sou aquele que dará clemência,
pela sua obediência,
meu filho e filha querida.
Recebam agora as minhas bênçãos,
em forma desta oração,
que abrandou seu coração,
neste momento de reflexão.
Leandro Campos Alves.
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