Meditação
CICLOS
Autor: josé João Murti... on Monday, 29 September 2014Cada passo mais afastado do relógio da vida,
rompi com o sonho impercetível e murmurado.
Trepo ao céu, agarrado às letras e ao vento,
flutuando no espaço ao sabor da corrente,
ávido dos silêncios que a noite provida.
Esperança ardente num sonho, sonhado
em louca espiral da pressa! Isole-me no advento
do tempo, que acaba e se estagna à minha frente...
Uma melodia! Uma luz se aproxima! Tudo faz sentido.
Quantas solidões para ver? Quantas vidas para aprender.
Reinicio
Autor: Rodrigo Dias on Thursday, 6 February 2014Consolido o tempo,
Liquido tudo,
Evaporo, viro pó…
Reinicio,
Retorno,
Removo,
Reparo.
Apareço e sumo no espaço
De repente
Deixo claro
Suas sombras, seu passado…
Dissolvo
De novo;
Resolvo
E me salvo.
Deixo pra lá,
Trago para aqui
E me levo para ti.
Atravesso,
Ultrapasso,
Extravaso…
Saio por aí
De mãos dadas
E passos largos.
A Meio Caminho
Autor: Luís Miguel Soa... on Tuesday, 7 January 2014A falta que me faz
Autor: Ícaro Marques E... on Tuesday, 26 November 2013O dia sobra muito
e a rotina petrifica a evolução.
Carros passam, enxurrada lava
as calçadas, sons se repetem,
ecos de uma memória perpétua.
A fadiga torna o marasmo
um lugar de exílio.
É fácil brincar de esconde-esconde com a monotonia
que se fez morada nas folhas caídas do meu quintal.
Enquanto segue a fio o céu de estio,
lobos caçam.
Farejam o sangue e salivam com suas
línguas ferinas expostas.
Buscam em suas presas, pedaços de vidas para preencher o vazio
deixado pelo esmo.
O Início de Mim
Autor: Ex-Ricardo on Saturday, 8 December 2012Quero ouvir-me na tua boca.
Quero ter por língua a tua voz por escrever!
Se não o dissemos quase não chegou a existir!
O que não dizemos não faz falta!
Mesmo os nossos nomes...
Teus Olhos Entristecem
Autor: Fernando Pessoa on Sunday, 11 November 2012Teus olhos entristecem
Nem ouves o que digo.
Dormem, sonham esquecem...
Não me ouves, e prossigo.
Digo o que já, de triste,
Te disse tanta vez...
Creio que nunca o ouviste
De tão tua que és.
Olhas-me de repente
De um distante impreciso
Com um olhar ausente.
Começas um sorriso.
o orifício da morte
Autor: António Tê Santos on Tuesday, 9 December 2025hoje falo das querelas entre os homens em busca da supremacia espiritual: há grossas aspas que demarcam a sua estultícia; há casos extremos de insucessos que os atormentam e que os fazem revoltar; há espinhos cravados nas suas almas e que lhes provocam alienação.
o orifício da morte
Autor: António Tê Santos on Monday, 8 December 2025a turba pressente a desgraça nos carreiros acidentados por onde transita; nas urbes onde a liberdade a prejudica e a faz reclamar da existência que tem; nos receios infindos que a atormentam e nos atrozes veios da sua malvadez.
o orifício da morte
Autor: António Tê Santos on Monday, 8 December 2025retorno à infância e aos seus problemáticos desenlaces; às assombrações provenientes das minhas naturais fragilidades; às correrias loucas pelos trilhos da liberdade; aos receios que contornava quando investia no amparo avoengo.
