o firme caráter que me cinge quando invisto na poesia para explorar os meus numerosos destemperos... os pretextos que invalido quando uma revolução interior desbasta a minha candura e expurga os meus anseios...
Santificado esquadrinhamento
Do coração .
Qual humano pode esquadrinhar?
Apenas se o uso da charmosa empatia com destreza funcionar
O sol veio render o calabouço
Chega de noites tementes aprisionar
Sei também que tenho Deus no meu peito
Sei também que sinto dores ,
Só não sei qual de nós dois
Essa tristeza tem mais prazer em contrariar!
O sol veio render também sua noiva a lua
Informou que precisa aquecer
O oceano que navegam os amores
Que a lua foi testemunha do primeiro beijo
rejeito os costumes malvados que introduzem na minha vida borrifos de tristeza: que aguilhoam a multidão que me rodeia para que invista contra as minhas ambições; que constrangem as minhas vasta utopias.
manifesto as reclamações emergidas dos meus sonhos fracassados; transbordo um contentamento imune aos enredos da má-sorte; incorporo na minha sensibilidade um vácuo quando rasuro a palavra amor.
ofereço ao leitor os ditames austeros da minha evolução; propago as querelas e as ciladas que consomem o ar que respiro; introduzo na minha poesia narrações que derrubam as fráguas que me rodeiam.
a poesia fundamenta o meu crescimento quando reprime os meus transtornos através de vocábulos que imaginam a perfeição; ou quando impede a derrocada dos meus temerários horizontes.
Nesta vida
Um par a menos de angustia
Anotem:
Sem todo peso danado
Ter ao lado
A inalação continua,
perfumo o tugúrio que habito quando deslizo contra um tempo que falece diariamente; quando a minha renovação se faz no encalço das verdades ocultas pela muralha dos antagonismos; quando os meus sentimentos tresmalhados encontram a paz que procuram.
estimulo as labaredas do meu triunfo com inventos que alvitram a singeleza e a austeridade onde mudo a ordem das coisas para presumir as minhas reflexões; e onde fragmento as minhas tristezas para as derreter na contundência.
eu hei de engendrar fantasias que aligeirem os meus sintomas desvairados; eu hei de amortecer a farsa que me rodeia para construir uma outra valoração mundana; eu hei de estampar os meus idílicos momentos em tarjas que incriminem esta vida lacerante.