don´t give me ways to go
near the shadows
or inside the soul
of the desert
dont give me ways to go
everywhere
or here even...
:only keep me on the road
-by the way-
changing my lies in sorrow
and running away
near the river of time
(sometimes on the corner
sometimes outside)
smiling to all people
that carry their dreams
in front of the mirror
of my self face
thoughful...
thoughful...
but not too much enought
o meu comportamento transporta um querer basilar e escorreito: traz ao meu tugúrio análises que vassouram os múltiplos conflitos; traz ao meu regaço uma sensatez que vou aprimorando diariamente.
as lições que sobram dos ferimentos resgatam o meu doloroso exemplo; suavizam o meu descontentamento e o profuso veio da minha rebelião; instalam a harmonia na minha existência transfigurada.
uma infinitésima grandeza
é a possibilidade
que consiste
na sobrevivência do íbis
segundo um catálogo
de espécimes próximas
da extinção:
como um ídolo venerado...
inventa manobras arrojadas
em seu vôo limitado
e sua morte é iminente
ausente de pântanos opulentos
em sua última acrobacia
este indiferente íbis
recolhe-se salvo ao ninho
-para nunca mais voar?
enalteço a minha existência com relevâncias que fragmentam a muralha das adversidades; e que menosprezam o aparato mundano expressando inolvidáveis texturas que clarificam a minha condição.
há versos que abrigam trejeitos hipócritas no progresso do meu isolamento; que desdobram melodias gélidas no traçado dos meus reveses; que sabotam as leituras afáveis onde recrudesce a erudição.
ilumino o tugúrio onde convalesço das feridas e dos preconceitos; onde a misantropia origina os efeitos ríspidos da minha nomenclatura; onde desloco a alma para o ramal tétrico que materializa a minha solidão.
a minha poesia difunde emoções transfiguradas por uma intensa solidão; modela a minha índole por cima de alicerces pretensiosos; corrige os comportamentos que a malignidade fez emergir.
há missivas que se conjugam para obnubilar a tristeza e esculpir no mundo figurações que bombeiam as ruindades infames e as periódicas deprimências humanas.
a servidão interpõe-se entre a árdua vida e a morte pungente; entre os poucos benefícios e os austeros dilemas; entre as paredes invisíveis onde se asfixiam as quimeras e se vocifera contra a miséria de existir.