um visceral discernimento
Autor: António Tê Santos on Sunday, 29 August 2021a razão expulsa os meus endemoninhados furores: tempera com dísticos de polidez a conjuntura escabrosa que percorri; realça o meu desempenho através dum ócio glorificado.
a razão expulsa os meus endemoninhados furores: tempera com dísticos de polidez a conjuntura escabrosa que percorri; realça o meu desempenho através dum ócio glorificado.
nos lugares onde a vida coleia observo o tráfego humano e as suas fúteis desavenças; as suas catarses a partir da parcimónia e do arrependimento; o seu labor exaustivo para deslaçar um ínfimo deslumbramento.
Silêncio em ti me encontro
Amarras agrilhoam o meu caminhar
Procuro na vida que incansavelmente busquei
Encontrar os filhos do meu ventre
Que na dor concebi e abracei
Pelo seu perdão anseio entregar
O amor que pintalga o meu ser
E apenas o silêncio em mim habita,
Névoas de cinza dos meus dedos deslizam
E turvas lágrimas teimam em escurecer o meu olhar,
Anseio partir para lugar algum
Na esperança de este silêncio tocar
Que em mim sem pudor devaneia,
Antropofóbicos seres povoam o meu ser
Birra de menino sempre a lastimar:
-Mamãe, estou no jogo com minha turma ,
O futebol aqui na rua vai começar
-Romário deixa disso , vá com os livros se enturmar!
-Mamãe deixe disso , o que já sei posso ensinar
Escola é muito monótona , a mochila é pesada
E esse peso, andar quilômetros , vai me matar !
-Menino, futebol vai deixar tua mente lesada
-Eu quero mesmo é como o rei Pelé jogar !
-Menino a educação nunca quebrara as tuas pernas
Futebol é uma emoção passageira , logo vai passar !
Aqui neste cantinho à beira-mar
Vejo um infinito horizonte pacífico
Onde o astro rei se alinha no mar
E os seus vibrantes raios cintilantes
Se difundem nas águas.
Aqui neste cantinho à beira-mar
Ouço a inconfundível voz relaxante
Das ondas que sussurram o amor
E com os seus braços enlaçam
Tudo aquilo que alcançam.
Aqui neste cantinho à beira-mar
Sinto o inebriante cheiro reconfortante
Da maresia que perfuma o ar
E como uma indomável carícia
Se entranha na pele.
Nota mais baixa
Desde teste humanitário
Sou a desventura em serie e a triste promessa ?
Sou eu político ,militante militar ?
Não, sou humano!
Devagar vou andar !
Não estou contemplado na lista dos afortunados ,
Nem na ala dos privilegiados .
Nem serei alistado, ou soldado nessa guerra presente,
Que extirpa o coração facilmente
Eu queria ser menino, mas menino eu não sou
Meu pai me preparou no seu silencio
Ensinando que não era apenas os peixes que Deus ofertaria ,
O universo flui no seu devir
Indiferente aos constrangimentos
Que cada mudança acalenta.
Segue pacificamente o seu rumo,
Convicto da sua missão a cumprir.
E no despertar de cada manhã,
Ou no seu entardecer,
Amavelmente nos presenteia …
Com a ternura da sua beleza,
Mesclada na infinidade…
Da panóplia de tonalidades,
De emoções sentidas e vividas
E de movimentos circunstanciados,
Que com os seus braços nos abraçam,
Proporcionando o conforto desejado.
Na sua missão mais pura