a frívola paisagem
Autor: António Tê Santos on Monday, 10 May 2021os vocábulos fremem no cruzamento dos desgostos urdindo teias que sustentam os efeitos ácidos da poesia quando remontam a farsa mundana para embutirem nela recados intrínsecos.
os vocábulos fremem no cruzamento dos desgostos urdindo teias que sustentam os efeitos ácidos da poesia quando remontam a farsa mundana para embutirem nela recados intrínsecos.
a frágil textura dos abraços na feira dos usos e nos enleantes caminhos da vida; o álbum onde tudo se guarda e se protege das impressões corrosivas do tédio; o féretro onde se completa a solidão.
jornadeio pelos itinerários da compostura quando dilucido a lhaneza enparedada pela ampla bestialidade; quando deixo circular em mim o fulvo regato da poesia; quando afasto do meu mundo as inquietações que me seduziram nos antípodas duma existência reservada.
há sentimentos que voejam sobre as lembranças para aplaudirem uma razão reprimida pelos numerosos temporais; e há desempenhos que atordoam quando misturam as emoções à inteligência subliminar.
Todo dia, sai do coração afora alguma coisa:
Para a edificação ainda é diminuto o amor,
Mas se esvai algo
Como detritos insalubres
Que passa como por canais
Não de águas límpidas, nem transparentes
Todo dia sai algo de um coração adulterado,
Porque o orgulho é como um esgoto imprestável,
Que deve passar por nossa visão rapidamente.
Saiu de nós há poucos segundos palavras ferinas
Que anulam sonhos de outros!
A muitas horas saiu também, morna brandura
Que quase não atingiu ninguém
Recomeçar
Resgatar a alma com Amor
Sensação de um dia ter os pés assentes no chão
Viver num amplo lugar onde tudo tem para dar
Sentir
Evoluir
Razão de não mentir
Verdade de ser num mundo a desenvolver
Tudo e o resto nada serve
Pelo Amor no presente
Segues em frente
O Futuro promete
E não envelhece a essência de si
Que achei que perdi
Afinal, vivi e sobrevivi
Alento de um poema
Espalha beleza
Criatividade numa sombra
vadia e nada sabia mas ela existia
Vou dormir!
Não porque quero,
Logo as tempestades em minha mente
Padecem meu corpo.
Relutando com o sono
Pelo insano cansaço
Ainda consigo fazer algumas observâncias :
A gata de estimação,
Interrompe minha viagem
Atrás de proteção, dormida,
De um calor inexistente.
Preciso dormir,
Inclusive minha alma assevera isso
Vou dormir
É necessário, mas
Não é meu veemente desejo.
Em incertezas, é a minha trajetória
De um futuro viver,
Livremente circulas
Captas a onda abraçada
Num ápice de calor que foge da dor
Conectar com o mar inspirar amor e não de dor
Que acalenta o entusiasmo e abraça a natureza como fortaleza