Natureza
Poesia de Inverno
Autor: zelia Neves on Wednesday, 28 August 2019Poesia de inverno
Chegou o Inverno
As últimas folhas dos ramos
Lutam contra o vento
Surge a alvorada, com folhas a voar
A chuva chega, amedrontada
O mar majestoso fica sombrio
O Inverno está no ar
A brisa gelada que corre
Ao som arrepiante do vento
Divide comigo o frio da noite.
Fecho os olhos molhados
E penso num poema que faria,
Se meus olhos encharcados
Não estivessem cansados.
No jardim do parque
Há apenas folhas caídas, trituradas
Nuvem
Autor: zelia Neves on Wednesday, 28 August 2019Nuvem
Suprema obra majestosa
Branca ou cinza suspensa
No infinito Céu azul
Quando é cinza
Há folhas ao vento
Quando é branca
Em minha alma se abriga
Nuvem majestosa pintada de prata
Nuvem densa no azul do céu
Que lança para a terra
Gotículas de água em forma de véu
São gotas de saudade
Lágrimas derramadas
Neste mundo ateu
Deslizam pelo horizonte
Como estrelas cadentes
Abraçam a vida
Como a criança que sai do ventre
Mar
Autor: zelia Neves on Wednesday, 28 August 2019Mar
Foste ideia do Criador e minha alma te admira
Mar salgado de águas doces
Nas tuas ondas, creio que está a liberdade
Quanto não daria para descobrir
Que mistérios guardam tuas águas!
Teu iodo é tua força
A luz do sol acaricia-te em pleno dia
E os astros te protegem na noite escura
És um ser de vida e de paixões
Escutas, choras, enlouqueces e amas,
Embriagas de imensidão e apaixonas
A solidão te aproxima do vazio
Mas a lua espelha tua grandeza no céu
Para além do por do sol
Autor: zelia Neves on Wednesday, 28 August 2019Para além do por do sol
No lado de lá do horizonte
Há um sol que beija o mar
O céu, reina calmo e sereno
Conjugando o verbo amar
A todo instante uma nova emoção
Uma réstia de sol caminha tranquila
Minha alma se curva em adoração
Leve brisa que passa serena
Um momento de grande admiração
Ao fundo, sombreados de laranja e vermelho
Dignos de tamanha contemplação
Aos poucos, o céu, veste o véu da escuridão
Para que a lua possa revelar seu brilho
Fim de tarde
Autor: zelia Neves on Wednesday, 28 August 2019Fim de tarde
Uma réstia de sol caminha tranquila
Abençoando a terra
Fim da tarde, o céu ganha novo tom
Escurece os montes e vales
Exalando a vida e o seu dom
Antes da chegada da noite
Borboletas esvoaçam serenas
Sobre as flores no jardim.
A brisa suave se entranha
Trazendo o seu aroma a jasmim
Sombras lilases vagueiam no céu
São saudades ecoadas pelo ar
Palavras que ficaram por dizer
Inspiração de quem sabe amar
E o sol se despede ao entardecer
Arco-íris
Autor: zelia Neves on Wednesday, 28 August 2019Arco-íris
O arco-íris da minha alma
Ecoa um grito
Em suaves caricias de cores
No horizonte sente-se o calor
Envolto em gotículas de chuva
Borboletas ajudam a enfeitar o Céu
E se exibem em suas cores cintilantes
A poesia em mim
Necessita ter a imensidão nos olhos
E o arco-íris perfumado na alma
Num voo intenso e destemido da fantasia
Curvo-me para o solo
Em busca da esperança perdida
Mas meus sentimentos
Não rimam em terra húmida