Pensamento
Sombra
Autor: Luara Mendes on Thursday, 17 April 2014O que poucos percebem '
Sombra #
E no claro do dia pode-se vela
Calada, sempre atenta, qualquer
Movimento a revela, companheira fiel
Na caminhada da vida.
E no se por do dia, cansada repousa
Na escuridão da noite, junto às criaturas
Que vivem da ausência de luz vê-se acuada.
Dependente da luz, dos raios naturais e artificiais.
Na terra, es retrato da alma na qual é prisioneira
Liberta nas manhãs de cada dia.
Toda a vida
Autor: Rui Correia on Friday, 11 April 2014Toda a vida
é uma passagem.
Como a paisagem repetida
da viagem que passa;
é uma viagem
repleta de desgraça
e indiferença.
Uma crença
de boa graça.
Uma miragem
para os que queriam fazer;
ouro para os que já fazem.
É tudo tão presente
como não o é.
É o repente diabólico do crente
que deixou de ter fé.
E por isso vivo a vida mudo(!)
por não poder viver
e ser tudo!
Memórias
Autor: António Cardoso on Wednesday, 9 April 2014Não sei porquê tenho hábito de, de alguma forma, arquivar todos os momentos passados que alguma coisa significaram. Quando os observo não posso deixar de notar o quão as pessoas são voláteis na sua opinião, o quão curto é o “para sempre” e que as promessas não são nada mais nada menos que “compromissos para não cumprir”…
Tantas vezes estive tão perto...
EMUDECENDO
Autor: ALEXANDRE CAMPANHOLA on Sunday, 6 April 2014Preciso ouvir das aves o canto
Em um canto, onde eu encontre a paz;
Meditar em meio à mata,
O que me mata é o tempo fugaz.
Antes que se esgote a natureza
P`ra minha natureza alegrar,
Preciso sentir o vento chão
Que o chão de folha vai tapetar.
Meus olhares famintos verão
Do verão para sempre o vazio?
Não mais terei o som que me aqueda
O som da queda d`água no rio?
Meu temor é que a ganância leve
A nota leve que se ouve cedo;
Como se houvesse, quando eu acordo,
Um doce acordo entre o passaredo.
Invernos da Vida
Autor: António Cardoso on Wednesday, 2 April 2014O tempo passa e a chuva caí,
Vem dos nossos olhos, molha a nossa face.
Faz uma nódoa cá dentro que às vezes não saí,
A Poesia não enche barriga
Autor: Arthur Santos on Monday, 31 March 2014POEMA Nº 245
Título do Poema: A Poesia não enche barriga
Autor: © Arthur Santos
Género: Pessoas
A POESIA NÃO ENCHE BARRIGA
(Após ler uma entrevista de Vasco Graça Moura, que o amigo Celestino Santos publicou no Facebook)
A poesia não enche barriga
A mim tanto me faz
gosto dela dita ou numa cantiga!
A poesia pode não enchar o espírito?
A mim tanto me faz
gosto dela numa voz ou num escrito!
Hospital do Senhor
Autor: conceição corde... on Sunday, 30 March 2014HOSPITAL DO SENHOR
Fui ao hospital do Senhor fazer um "check-up" de
Voando como o Vento
Autor: António Cardoso on Saturday, 29 March 2014Sigo voando como o vento,
Há procura de alguém.
Não paro nem por um momento,
Da Loucura a Escuridão
Autor: Leonardo Peracini on Monday, 24 March 2014Da Loucura a Escuridão
Entre a vejo,
Personificado em gêmeos.
Um interno, outro externo.
Acordo pelo desatar de algo que me acorda. Todos os dias.
Abro as janelas interiores,
Fachos de luz ilumina pontos na escuridão.
Meus olhos se alimentam com tudo.
Encarna o mundo externo nos interstícios da ligação interna.
Dois hemisférios, gêmeos, vida e vida.
Entre eles vejo, o olho. O olho que não se vê.
A loucura controlada em seus métodos.
Antes do olho. Depois do olho.