Sem destino aparente...
Autor: Rui Tojeira on Friday, 24 May 2013‘Sem destino aparente’
A noite cerca-me e emudece,
a angustia parece que acende,
que prende, suspende e teima
ser crepúsculo de sombras,
numa ansiedade que queima.
Pelo breu, a voz da solidão
perdida entre os escombros…
E a escuridão imerge-me
açoite dorido no corpo
a tremer de inquietação.
Entre portas, me invento,
no fortuito mundo das palavras
e leio-me nas paredes, de silêncio cravadas…
Com todos os sonhos dentro!