INCOMPREENSÃO
Autor: Emília Lamas on Friday, 11 December 2020Se o sol se apagasse
Cada vez que somos
incompreendidos, viveríamos
numa escuridão intermitente.
Se o sol se apagasse
Cada vez que somos
incompreendidos, viveríamos
numa escuridão intermitente.
Escureceu mais um dia e virou passado
esticou se o tecido que serviu mais tempo
a carne nobre,
Este tecido de puríssima seda
as lágrimas descobre
Este pano , trapo de seda
era camisa preferida
do morto que era esnobe
ganhou muito dinheiro
um balaio de preocupações desnecessárias
que acumulou o tempo inteiro
mas da simpatia de Deus era pobre
escureceu mais um dia e virou passado...
Ó Deus !
- ensina me a deixar um outro legado.
A voz do silêncio
As aves do mar, brincam nas areias
num brinde singelo cada um a sua natureza
daquela minha praia predileta, lá sentado olho o mar
e o seu fugaz esplendor que me faz divagar
Ele acalma a minh’alma, e vejo tudo
ouço o fluir suave dos meus segundos,
quase posso ouvir meu coração pulsar
Oh triunfal silêncio... só o vento
o quebrar das ondas, nesta praia deserta
O azul do mar invade minhas pupilas,
seduz os meus pensamentos, criando aquelas ilusões
aquelas sublimes fantasias, trazendo ao meu mundo
Um dia desanimador
Tentando entender o que há de errado
Aonde foi que eu pequei, qual a fonte do pecado
O porquê estou sofrendo
E porquê as coisas mudam
No inicio as coisas são lindas
Até que as pessoas se iludam
Mas depois tu vê tudo mudar
As coisas que eram organizadas
Jogadas fora do lugar
Sua mente vive vagando
E se perguntando
Por que as coisas tem que ser assim?
Será que o erro está na pessoa?
Ou o erro sempre existiu em mim?
.anjoperdido
Qual tempo promove entendimento?
Qual melhor tempo para se viver ?
Doravante
Sejamos
De uma ultilidade anonima
Pequenos e de grande serventia
Sejamos simples
Lavemos aos poucos
Nossas vestes angustiantes
E façamos aos poucos
A purificação de nossas desordens.
E perfeitos continuemos nossa jornada.
O que são Poemas?...
Conversas da alma apenas
Que a voz materializou…
Emoções e sentimentos
Alegrias, dores e seus lamentos
Que a caneta revelou…
Por tão fortes, tão intensos
E na sua grandeza imensos
Que nem o espírito os calou.
Um sorriso em letra de forma
A alegria que nos entorna
Do pensamento, extravasando,
Uma paisagem com muita cor;
Um perfume, um sabor…
Que guardados ficam,
Nos sufocando.
Uma luz um olhar;
Uma viagem, um lugar;
Conto os amores perdidos
Em gotas de ilusão…
Cada copo com seu travo.
Desse sabor amargo.
Das promessas feitas em vão…
Como, beber o teu corpo
Num copo de porto.
E blasfemar…
Dizer “ámen!”
Ou em tinto sugar-te.
Com branco regar-te.
E em verde provar-te…
Também.
Mas a vontade me ficou esquecida
Num copo de uma bebida
Que já nem sei pronunciar…
Pela língua enrolada
Na boca anestesiada
Algures… num bar.