Prosa Poética

OS CAVALEIROS DAS CRUZES NEGRAS

OS CANALEIROS DAS CRUZES NEGRAS
RENASCEM DAS ENTRANHAS NAS MONTANHAS GELADAS,
ONDE OS VENTOS DO NORTE SÃO MAIS FRIOS,
CRUZANDO SUAS LANÇAS E ESTANDARTES,
MONTANDO NA CRISTA DAS ONDAS REVOLTOSAS,
ONDE MANEJAM VAGAS DE CALOR,
NO INFERNO RENASCIDAS.
E VOANDO NAS NUVENS BRANCAS,
DE MEMÓRIAS ADORMECIDAS, 
VAGUEIÃO SUAS CRUZES NEGRAS,
E CAVALGANDO COM SEUS MANTOS AO VENTO,

Meia hora...uma réstia de vida

Meia felicidade ,meia alegria
 
meia hora,meia tristeza
 
meia dúzia de mentiras
 
e tão pouco uma mão cheia de verdades
 
perdendo-se tudo num cálice de existências
 
no meio de nada
 
 
O rascunho da vida está
 
sem mais identidade…é tudo ou nada
 
numa breve imagem permeável
 
premiando cada ser
 

O PREGADOR MUDO

UM PREGADOR MUDO
 
ORO, REZO, PREGO E AS MINHAS PRECES SÃO MUDAS
POIS DE  DESCALÇAS VELHAS E CANSADAS
NÃO CHEGAM AO CIMO DO MONTE 
ONDE O SOL SE POÊ E O MAR SE LEVANTA,
CONVIDEI UM BARQUEIRO PARA MAS TRANSPORTAR
E A PRECE LÁ ÍA NA PONTA DA BARQUINHA
EMBALADAS PELO O ONDULAR DO MAR  
NA FORMA DE UMA ROMà
QUE DE COROA SE ORNOU COMO UM REINO
POIS NO SEU INTERIOR TÃO JUNTOS E AMIGOS 
OS BAGOS EM PRECE ESTÃO 

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