Prosa Poética

Apesar de tudo...

Apesar de tudo encontrei a serenidade
Dormitando entre gargalhadas que embebedavam
Aquele breve silêncio hereditário pleno de cumplicidade
 
Apesar de tudo escuto o ritmo afinado das folias latentes
Nos nossos corações quase dementes navegando além amar
Até que o mar nos afogue de amores e maresias tão proeminentes
 
Apesar de tudo rectifiquei a solidão que provinha de um
Complacente eco bêbado tão dissidente definitivamente um martírio

A invisibilidade do feliz

nas horas vagas percorro caminhos imensos onde o caminho é apenas isso, um caminho, as reflexões essas deixo-as para depois, para quando a memória e a vontade me deixarem materializá-las em palavras. enquanto percorro esses caminhos na minha secreta viagem, vou atendendo aos pormenores, aos pequenos detalhes do quotidiano, porque tudo é viagem, tudo é estar no ser. atenho-me em cada ponto do horizonte inacabado, e encontro o sacramental, o sagrado, o profano, a viragem do meu azimute.

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