Prosa Poética

Feudo dos silêncios

Percorri a noite dissimulando meu ser
entre as sombras e as sobras de uma solidão
que chega penetrando na timidez de minh’alma
convertida num feudal momento do tempo em reclusão
 
Assentei por escrito todos os versos despojados
Converti minha existência demolindo cada prece semeada

O silêncio na paisagem

Descobri nesta viagem
 
toda a paisagem se despedindo
 
procurando outros endereços
 
com seus atalhos fotografados
 
nos retábulos da vida bramindo
 
 
 
Fica o silêncio pontual
 
prosseguindo na longa caminhada
 
colorindo esta muda paisagem sensual
 
debruando o corpo do tempo grunhindo
 

Noitibós

Noitibós

Se eu pudesse falaria contigo de noite sentado junto a um rio, um rio que imaginaríamos juntos num sonho profundo, um sonho real, sim, porque os sonhos são reais, tudo é real, por isso existem palavras, sons, peixes, pássaros, pedras, peras, nozes, laranjas, canas, árvores, rios... e a voz da tua alma.

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