Soneto
Epokhé
Autor: Rute Iria on Saturday, 17 December 2022"There, far remote, I shall lie unknown"
MACPHERSON, James "The Poems Of Ossian, The Son Of Fingal", 1762
Cris, Abyssus abyssum invocat.
Soleva ao hiperurânio. Maranata (*) -
- desitiva ou seráfica - refracta
Num balsedo. Em diaptose, o entretom mate -
- loesse flamispirante dum xamate.
Mas libra-se, epacmástico. Em sonata (1),
Pleroma d'asseidade que, mediata,
Grateia por um secesso (2) que dilate
Unifiquemos
Autor: Reirazinho on Wednesday, 14 December 2022Nesta minha fusão de sinalefas
Unifico dentre a morte à sílaba,
Polimerizo o que se vai nas levas,
De quem se foi e quem se unifica.
Mato o hiato da tinta e das penas,
No versar da poesia morrem lidas,
E lerão os versos voados nas tréguas
D’um soneto de frases sem as mínguas.
No fim, tudo é preso a conexão,
Retificado, grudado nas formas,
Mas para a vida, formas morrerão.
A BELA DE VESTIDO POÁ
Autor: DAN GUSTAVO on Wednesday, 7 December 2022Caídos e esquecidos anjos
Autor: Reirazinho on Thursday, 3 November 2022SONETO 'MAÇADA'
Autor: DAN GUSTAVO on Saturday, 15 October 2022Deitado nos ossos
Autor: Reirazinho on Tuesday, 4 October 2022Confiteor
Autor: Rute Iria on Tuesday, 20 September 2022Rosa do amanhã
Autor: Reirazinho on Sunday, 18 September 2022Mataremos a morte
Autor: Reirazinho on Wednesday, 31 August 2022Permites tua folha cair da relva,
Rastejes vossa foice no submundo,
Na aflição acomete-se plebe selva:
Hades — trono do sórdido inframundo.
Sê Cronos: devores a tua pelta,
Alma morta no terreno profundo,
Encontra sem escudo lá no delta:
Naufragando na terra-moribundo.