Tristeza

Ódio

 

J. senta-se na mesa, puxando a cadeira gasta pelo soalho sujo...à sua frente, folhas de papel e um lápis mal afiado, roído dos nervos.
J. pega no lápis, olha para a ponta e, a tremer, começa a escrever...

O teu nome em mim ficou gravado
Sem nunca ver a tua face verdadeira
Rasgar-te esse sorriso perverso e imoral
Destruir o teu rosto cruel, e afogar-te no teu fel
És uma falsidade que o mundo não vê, e eu não consigo afastar-te

canção da saudade

O que faço com a saudade?

Que lhe digo?...

Minto-lhe com os dentes cerrados , ou simplesmente digo-lhe a mais crua verdade?

Faço de conta, que não a sinto no meu peito...

Ou apenas me deixo levar pelas lágrimas que correm pelo meu rosto abaixo...

E não ligo a nada...nem a tudo que lhe diga respeito.

O que faço com a saudade?

Afinal de contas, que lhe posso dizer?

Que volte a ser como antigamente...pura e simplesmente sem maldade.

Estou farta de fingir que não sinto falta daquilo que me faz sentir saudade,

Mais Coisas Sobre a Vida

A vida é assim um dia começa, noutro tem fim,
E eu aqui espero não pelo não ou um talvez mas sim por um sim.
O tempo passa a chuva cai mas não me acontece nada,
Mas inda assim acordo todas a manhãs para esta rotina stressada.

 

Dizem que estou a ficar doido, por não fazer as coisas da mesma forma,
Esquecem-se que sou diferente, que sou eu e não sigo nenhuma norma.
Às vezes pergunto-me como seria se tudo fosse melhor, diferente,
E chego à conclusão que o problema está fora, e não na minha mente.

Amor e Carinhos

Estou dividido entre dois caminhos;
perdido entre Amor e Carinhos.
Quero Amor e não quero!
E quando não sei se me querem
desespero com actos e palavras que ferem.

Enquanto os Carinhos vêm de suave;
tanto que não os sinto chegar.
Afagam-me o coração, esta trave
que parte de pesar:

Beta azul

Era só um peixinho!

Suas nadadeiras pequeninas...

E azul suas barbatanas.

E eram enormes!

O peixinho nadava veloz .

Em seu aquário ele brincava.

Mas...Um fungo malvado!

Atacou o peixinho.

E agora ele jáz.

Morto inanimado.

Que dó do coitado!

Pára

Quem te disse que quero continuar?
acordar?
porque insistes, puxas e me chamas?
ja sou somente o ser leve a querer ficar,
e ficando ser meu e o meu... ser eu apenas!
Deixa-me morrer em paz, sozinho.
Quero ficar aqui! Ouvir o silencio,
Sentir o vento fim no rosto sem gloria,
parar o tempo e findar a obra inacabada.
Ser aqui o fim escolhido do caminho adiado,
Colocar um final no projeto sonhado
e deixar para outros o resto da historia!

Refúgio de mim

Oh! Refugio de alma minha
Porque deixas-te o Sol partir
Não sabes que sou a Rainha
E tu o cavalo de pau pra me divertir!?

Oh! Janela de meu rosto
Porque deixas-te de sorrir?
Não vês que ainda não é Agosto
E as rosas deixaram de florir?

Oh! Chave de meu coração
Porque abriste a porta da saudade
Não sentes medo da reação
Das sombras da realidade?

Na Valsa da Tempestade

A luz de tua ira ilumina o meu caminho

A fúria de teus mares sim me leva muito além

O rancor de tua tormenta só me serve muito bem

É apenas água doce que me serve com carinho

 

Tuas ondas de agonia me transportam para o céu

E o eco do teu grito me permite flutuar

Contra a batida de teu peito ainda posso navegar

E contra o brilho de teu olho velejar como se ao léu

 

E é na queda de teu tom que resplandece a melodia

Que brada forte o meu nome e me torna uma lenda

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