A nossa estrada vida

A nossa estrada da vida
É por vezes espinhosa
Mas quando chega ao fim
Se transforma numa rosa
Quando subir os degraus
 
Da nossa casa eterna
Graças a esse cansaço
Nos foi dado uma lanterna
Na lanterna estava escrito
O santo nome de Jesus
Pois ele nos tinha dito
É esta a estrada que nos conduz
Nossa senhora me deu
Suas preciosas chaves
E me disse com carinho

Avida do pescador

No mar largo e profundo
O pescador ganha o pão
Mas quando ele se revolta
de ninguém tem compaixão
 
E azul cor do céu
Mas não tem cor a sua água
Ó mar largo porque deixas
No coração tanta mágoa
 
A vida do pescador
É uma vida atribulada
Nunca sabe se volta ao lar
Ou se deixa a sua
Família enlutada
 
Deviam ter para o mundo
 esses homens grande valor

Falso amor

Você bateu à porta do meu lar
Veio jurar que me vinha amar
Por você fiquei enganada
Com falsas palavras de amor
Que no coração só deixaram dor
E nunca chegaram a nada.
Eu nunca mais te esquecerei
Todo o amor que te dei
Pois não resultou em nada.
Agora vivo triste e sozinha
Porque o amor não se adivinha
Quando tem boa entrada.
Não, não me fales de amor
Hoje lhe tenho rancor
Pois a mim nada me diz

Adeus fado adeus guitarras

Adeus fado, adeus guitarras
Adeus fadistas amigos,
Eu vou deixar de cantar
Vou deixar o que mais gosto
Mas não posso continuar.
Porque já passei da idade
Porque não me fica bem.
Alguém me pensa travar...
Eles não pensam nem sabem
A vida que a gente tem
Quando começa a cantar.
E neste fado que eu canto,
Quero bem alto dizer
Neste tom tão magoado...
Quando a minha voz levanto

Fui pedir perdão a Deus

Fui pedir perdão a Deus
 
Sim, pelos pecados meus
E jurei não mais pecar.
Ajoelhei perante a cruz
Rezei, rezei a Jesus...
E depois pus-me a chorar.
 
Chorei tanto, tanto, tanto,
Que em lágrimas de pranto,
Para ali fiquei esquecida.
Até de mim senti pena
Por me sentir Madalena,
Madalena arrependida.
 
Ó meu Deus,
Ó meu Senhor
Perdoai os meus pecados

Hoje é o dia da mãe poema de Maria Carmo

 
Hoje é o dia
É o Dia da Mãe,
O dia mais bonito
Que toda a gente tem.
Hoje é o dia
É o dia lembrado
Por isso neste dia
Eu canto este fado.
Hoje é o dia
Que aqui no meu país
Peço a todos os filhos
Que façam o que eu fiz:
Que se lembrem de sua Mãe querida
Que nos deu muito amor
Durante toda a vida.
Hoje é o dia
Que nunca esquecerei

Poema para o homem

 
Porque será que se escreve
Tantas canções à mulher?
Pois o homem também gosta
De as ouvir quando quer.
 
Deus pôs no peito do homem,
Um coração para amar...
Nunca se deita no leito
Sem sua esposa beijar.
 
O homem sofre também
Vendo sua esposa sofrer,
Por vezes vai para o álcool
Para sua mágoa esconder.
 
O homem é igual
À santa imagem de Deus

Aurora

Houve há dias desfolhada
Na casa do Zé Ninguém,
Foi toda a rapaziada
De lá do Sr. d’ Além
Foram nossos namorados
E raparigas de fora,
E lá faltou a Aurora.
 
Refrão
 
Aurora
Que beleza de mulher,
Ó Que linda rapariga
Por isso todos te querem
Mas tu não vais na cantiga.
 
Quem encontrar um Milho Rei,
Na eira será rainha
Dá um beijo na boquinha

Ribeirinha grande

 
 
Junto à ribeirinha grande
Vive um casal de velhinhos,
Tão felizes, tão contentes,
Vivem cheios de carinhos.
 
De manhã vão para o campo,
Buscar couves para o caldinho,
Depois dão comida ao gado
E vão à adega buscar o vinho.
 
Vão para a mesa comer o caldo
E beber o seu copinho,
E não falta lá no prato
Um pedaço de toucinho.
 
À tarde vão para o campo

Meu porto gosto de ti poema de Maria Carmo Borges

 
 
 
Meu Porto gosto de ti
Tens beleza, tens encanto.
Dentro da Igreja, da Sé
Eu a Deus rezo e canto.
 
Tuas casas tão velhinhas,
Fazem lembrar a mocidade
Lindas moças nas janelinhas
Havia alegria e humildade.
 
Teu rio Douro é tão lindo
De noite iluminado,
Companheiro lá vai indo
A ouvir cantar o fado.
 
Em desporto és muito belo,

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