Pássaros Azulados

Uma revoada agora me alembra
rodeia de vislumbres minha cabeça
são grandes pássaros azulados
não mais da cor da minha meia

tempinho bom pra vida inteira
um esconde-esconde pelo quarteirão
um futebol de botão
no estrelão de madeira

quem dera que o que tenho de amor
tivesse toda aquela pureza
sem querer que o vermelho da cor
fosse o mesmo da cor vermelha

pois o que era o azul daqueles pássaros
senão recortes no azul celeste
só um condimento pueril e fávaro
no azul do céu, negras silhuetas rupestres

por isso preciso de um bocado

Tela da solidão

A madrugada já desesperada transborda pela escuridão
Adentro calando cada imarcescível gomo de luz escondido
Entre as vestes do tempo onde injecto nas veias toda solidão
Como um bálsamo regenerador e imperecível
 
Cortei o tempo em fatias e depositei-o entre as
Paisagens desta saudade encravada no atordoante e
Pulsátil sonho tão singelo e insinuante ladrilhando depois a
Calçada da noite com troantes silêncios sempre mais itinerantes
 

DIFERENTE!

DIFERENTE!

difere ter outra mente?

ente que fere apenas por ter:

ser diferente!

refere a vida em versos:

como que a entreter!

entre as linhas outros tantos universos:

numa forma de contravolteio!

caminhar como gente:

numa anomalia se deter?

 

ter mão nesse rodeio!

pensar simplesmente:

modos inversos?

Presente de Amor

Presente de Amor
 
Lago de floresta e um prado de margarida, 
Um amanhecer feliz, a brisa que se sente. 
E o luar que flutua, música de uma noite tranquila. 
Fecho os olhos e peço para receber uma estrela, 
Dou a que escolhes e desejas... 
Este é o meu presente, fecha teus olhos abre tua mão, sente a estrela suave de minha mão 
Nos meus dedos sente meu carinho
São uma alegria para a alma... 
Uma felicidade de amor.
 

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